segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Questão das Ciclovias e o Uso da Bicicleta


O carro propicia “status”, prazer, economiza tempo e estabelece-se, inclusive, uma certa relação amorosa entre o proprietário e seu veículo. Porém, o automotor é responsável por uma enorme agressão ao meio ambiente e reforça o sedentarismo, fator que reflete negativamente na saúde do ser humano, sem falar nas muitas colisões, atropelamentos e suas repercussões. É preciso refletir sobre o uso indiscriminado desse meio de transporte! Para viagens casa-trabalho e para pequenos deslocamentos deve ser evitado o seu uso. O transporte coletivo, pelo número de pessoas que transporta, é menos poluente e deve ser utilizado, além dos meios alternativos como a bicicleta.
A bicicleta é silenciosa, não poluente e promotora da saúde. Porém, para que sua utilização possa ser feita em segurança é preciso mais ciclovias ciclofaixas, mas é impossível ter ciclovias por toda a cidade, se não houve a previsão da sua construção. Assim, é importante que os motoristas respeitem o ciclista na via, dividindo o espaço com segurança.
O Código de Trânsito Brasileiro em seu capítulo III, artigo 58 refere que:

“Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”.

Ou seja, onde não há ciclovia, a bicicleta têm preferência na via e os motoristas devem manter seus automóveis à distância de um metro e meio destas (CTB Cap. XV, art. 201).

No caso de ciclistas de competição, que utilizam a via urbana como local de treinamento, aplica-se a sua preferência de utilização da via, mesmo que existam ciclovias, pois a velocidade de seus ciclos excede aquela compatível com segurança nas ciclovias!

Giselle Noceti Ammon Xavier, médica e professora da UDESC
Coordenadora do projeto Pedala Floripa

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