segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Adeus, Luzia!!


Domingo, 2 de setembro de 2018 foi um dia que ficará marcado como um dos dias mais tristes para a pré história do Brasil. 

 Crânio de Luzia

No início da noite desse domingo um gigantesco incêndio queimou o Museu Nacional, transformando em  cinzas grande parte do seu acervo de 20 milhões de peças históricas, entre elas, o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, datado de 11 mil anos.



O palácio fundado por D. João VI em 1818, serviu como resincia real e foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891. Em 1892, o local passa a ser o museu. O Museu Nacional de História Natural da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro é a instituição científica mais antiga  Brasil.




O museu tem um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Com cerca de 20 milhões de itens e com perfil acadêmico e científico, o acervo continha coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e arqueologia. E, ainda uma biblioteca com livros com obras raras. Menos de 1 % estava exposto. 
Os destaques do acervo em exposição são:
  • O crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas que se tem conhecimento, encontrado em Lagoa Santa, MG, na década de 1970.
  • A coleção egípcia iniciada por D.Pedro I. 
  • A coleção de artes e artefatos greco-romanos da Imperatriz Tereza Cristina.
  • As coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai,  dinossauro encontrado em Prata, no Triângulo Mineiro em 1998 e considerado o maior do país. 











As perdas são incalculáveis e o prejuízo histórico, científico e cultural é inimaginável. O acervo do museu representava um patrimônio histórico tanto para o Brasil como para o mundo. 
Para Renato Franco, historiador especializado em Brasil Colonial, "É impactante e chega a ser emocionante ver tudo sendo destruído rapidamente. Eu não sei exatamente como ressaltar a grandeza desse acervo e a enorme perda. É o fim de uma instituição sem tamanho, fim de um acervo insubstituível", lamentou.