sexta-feira, 5 de agosto de 2022

A boa, amável e doce, imperatriz brasileira, Dona Leopoldina

Por: Teresinha Victorino


Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, na Áustria, em 22 de janeiro de 1797, terceira filha de Francisco I, imperador da Áustria. Sua família era uma das mais poderosas da Europa no século 18 e, mantinha a tradição de política de casamentos para aumentar territórios e se manter nos centros do poder. As princesas dos Habsburgos reconheciam que os interesses da dinastia estavam acima dos pessoais. Sua irmã Maria Luiza se casou com Napoleão Bonaparte e, aos 20 anos, em maio de 1817, Leopoldina se casa à distância e por procuração com o príncipe português Pedro de Bragança, futuro imperador do Brasil, Dom Pedro I, firmando uma aliança diplomática entre Portugal e Áustria. Faleceu aos os 30 anos incompletos, em 11 de dezembro de 1826, deixando herdeiros que seriam os futuros líderes de Portugal e do Brasil.
Vivendo em um ambiente sofisticado intelectualmente, teve uma instrução ampla e rica, recebendo uma educação calcada na obediência e na moral religiosa. Conviveu com o compositor clássico Schubert e o escritor Goethe. Desenvolveu interesse pela mineralogia com as aulas de ciências naturais. Inteligente, culta, poliglota, amante da música e da ciência, honesta, hábil diplomata e política, Leopoldina influenciava as decisões políticas do marido, D. Pedro I. No ano de 1817, chegou ao Brasil, em uma viagem de navio de seis meses de duração, onde organizou a Missão Austríaca, a principal expedição científica às terras brasileiras até então, trazendo médicos, minerologistas, pintores, botânicos e outros estudiosos. Austríaca de nascimento, lusitana pelo casamento e brasileira por adoção. Sua contribuição para a ciência do Brasil permitiu que a incipiente nação começasse a conhecer sua própria identidade, reconhecendo sua particular fauna e flora. 

Aprendeu com sua tia-avó, a rainha guilhotinada na Revolução Francesa, Maria Antonieta, que deveria estar atenta às inquietações populares. Leopoldina tinha habilidades diplomáticas e políticas no cenário brasileiro. Em suas correspondências citava o povo brasileiro como “nós”. Numa carta datada de julho de 1821, assinalou o seu posicionamento político a partir de então ao escrever que “o Brasil é, sob todos os aspectos, um país tão maduro e importante que é incondicionalmente necessário mantê-lo”. Leopoldina sabia dialogar com o povo brasileiro, inclusive, incluiu o nome de Maria ao seu, passando a ser conhecida como Maria Leopoldina ou Dona Leopoldina, para então estabelecer relações com a cultura nacional. 
Em 22 de janeiro de 1808, D. João IV, seu sogro, e toda a Corte portuguesa chegavam ao Rio de Janeiro fugindo das tropas de Napoleão. Com a volta de D. João IV que ocorreu em 26 de abril de 1821 como conseqüência da Revolução do Porto de 1820 e da convocação de retorno da Família Real e da Corte portuguesa que eram reconhecidas como as responsáveis pela administração do Estado, se intensificam os desejos de Lisboa em recolonizar o Brasil. D. João VI volta a Portugal mas deixa seu filho, Pedro e sua família no Brasil, entretanto são constantes as ordens que exigiam retorno do casal real. Dona Leopoldina concluiu que se a exigência da ordem de retorno a Portugal fosse cumprida, o Brasil seria esfacelado em diversas colônias, essa percepção política mudou o futuro da nação brasileira.
Politicamente mais astuta que seu marido, Dona Leopoldina, sabia que se saíssem do Brasil como desejavam os portugueses, Portugal perderia o domínio do Brasil assim como haveria uma guerra civil em terras brasileiras. A pesar de Dom Pedro pender para o retorno, D. Leopoldina estava empenhada em convencer o marido a permanecer no Brasil. Após dias tensos, o príncipe regente decide desrespeitar as ordens de retorno e em nove de janeiro de 1822, declara que fica no Brasil, esse dia fica conhecido na história como o Dia do Fico, e partir daí, segue o caminho para a emancipação do Brasil. 
Após a decisão de ficar no Brasil, Dona Leopoldina assume a missão de aumentar a bagagem cultural de Dom Pedro, que apesar de perspicaz e com grande capacidade de comunicação, para ela, sua educação era deficitária para um futuro rei. Estava convencida que a emancipação do Brasil seria boa para seus filhos e garantiria o trono para sua descendência. Sabendo como funcionava o jogo do poder e pensando no seu marido como o monarca reinante, atuou pela independência do Brasil. Dona Leopoldina, então, toma à frente de reuniões ao lado de outro arquiteto da proclamação, José Bonifácio, então ministro e secretário de Estado, e firma contato com grupos como os Patriotas Brasileiros. 

Participa ativamente, acolhe marinheiros e soldados contratados para a marinha brasileira, encomenda cavalos para a cavalaria brasileira, assume e convoca reuniões do Conselho de Estado. E, enquanto Dom Pedro viaja para conter insurreições, manter a unidade do país e buscar apoios, Dona Leopoldina assume como regente, tornando-se a primeira mulher a governar o Brasil. Os dias seguiram agitados quando então, Dom Pedro que se encontrava em São Paulo, recebe notícias de que 7.200 homens do Exército português seriam enviados ao Brasil, para forçar o retorno do príncipe e da princesa a Portugal. 

Durante a viagem de seu marido a são Paulo, Dona Leopoldina permanece no palácio imperial ocupando o cargo de regente do país. Em dois de setembro de 1822, convoca e preside uma reunião do Conselho em que assina o decreto que declarava o Brasil separado de Portugal. As notas feitas por ela aos 25 anos de idade, na carta que seria entregue ao seu marido comunicando a decisão impressionou pelas suas reflexões que foram comparadas a de um diplomata. Assinada a independência e ratificada por Dom Pedro cinco dias depois, ao receber a carta as margens do rio Ipiranga, ele solta o famoso grito de independência em sete de setembro de 1822. 

A Independência brasileira foi de fato tutelada por uma mulher, num contexto onde a política era dominada por homens. E, o Dia da independência do Brasil ocorreu durante a regência da mulher que assinou o decreto de separação de Portugal e que foi a primeira a governar o país. Foi curto o período em que Dona Leopoldina reinou, porém foi fundamental para o Brasil. Sua visão e a atuação política no processo de independência foram importantíssimas para a trajetória da história do país. Além disso, ela teve papel relevante na bandeira nacional. As cores do maior símbolo nacional representam as duas Casas que deram origem ao Brasil independente: o verde representa a Casa de Bragança, de Dom Pedro I, e o amarelo representa a Casa de Habsburgo, de Dona Leopoldina. 
Dom Pedro I se encontrava no sul do país quando, aos 29 anos de idade, na manhã do dia 11 de dezembro de 1826, grávida e tendo abortado, morre Dona Leopoldina, deixando quatro filhos e um deles, o Pedro, se tornaria o segundo imperador do Brasil. O Rio de Janeiro entrou em luto, com toques de sinos e tiros de canhões. Sua morte foi chorada sincera e unanimemente por todos os brasileiros. 
Ao longo da história, Dona Leopoldina vem sendo retratada como uma mulher melancólica e humilhada pelos escândalos e relações extraconjugais de Dom Pedro I, porém há historiadores que contestam e reivindicam uma imperatriz menos melancólica e mais hábil nos assuntos políticos e diplomáticos, afirmando que o modo como é contada a história demonstra como o passado tem sido narrado somente do ponto de vista masculino. A imperatriz deve ser retratada como uma mulher revolucionária por ter sido a primeira a fazer política na alta esfera de decisões brasileiras. 
Durante a vida, procurou formas de acabar com o trabalho escravo, incentivou a imigração europeia para o país, trazendo primeiramente os suíços que fundaram a cidade de Nova Friburgo, depois, os alemães para povoar o sul brasileiro. Ela contribuiu para a formação da cultura e da educação científica brasileira. E trouxe também para o Brasil sua biblioteca particular, dando início a uma biblioteca nas salas do Palácio em que viveu com Dom Pedro I. Caçava pequenos mamíferos e coletava minerais, ajudando e incentivando estudos sobre a História Natural do Brasil. Em seu país de origem, a Áustria, ela fundou o Museu Brasileiro, despertando interesse dos europeus em conhecer as belezas naturais do Novo Mundo. 

Fonte: 
Dia Internacional da Mulher: Maria Leopoldina, a mulher que decidiu a Independência Brasileira | Sociedade | EL PAÍS Brasil (elpais.com) 
D. Leopoldina: a austríaca por trás da Independência do Brasil que foi humilhada pelo imperador - BBC News Brasil ]
Dia da independência do Brasil: a mulher que assinou separação de Portugal e foi a primeira a governar o país - Época Negócios | Brasil (globo.com) 
Maria Leopoldina: conheça o papel da imperatriz na Independência do Brasil - Revista Galileu | História (globo.com) 
BNDigital

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Sete de setembro às 16h em Copacabana com o presidente Bolsonaro e as FFAA. Todos nas ruas pela paz, liberdade e transparência nas eleições

Sete de setembro: vai ser gigante! Todos nas ruas pela liberdade e transparência nas eleições.

FIQUE EM CASA QUE A ECONOMIA A GENTE VÊ DEPOIS

Durante a Pandemia da Covid-19 o STF acatou uma ADI do PDT tirando todos os poderes decisórios do presidente Bolsonaro. No entendimento do STF, a União pode legislar sobre o tema, mas essa competência deve sempre resguardar a autonomia dos demais entes federados. Para o Supremo, a decisão do presidente ao definir por decreto a essencialidade dos serviços públicos, sem observância da autonomia dos entes locais, afrontaria o princípio da separação dos poderes. Ou seja: O STF tirou o poder decisório do presidente da República e passou para os governadores e prefeitos. Para o presidente sobrou apenas arcar com os custos/gastos da pandemia.
O “Fique em casa” e o “Fecha tudo” foram decisões exclusivas dos governadores e prefeitos, e, com a colaboração e conluio das grandes mídias, artistas globais, músicos e políticos de esquerda. Em março de 2020, durante a pandemia, o presidente Bolsonaro afirmou que “nós sabemos quem são os vulneráveis, os mais idosos e os com comorbidades. O resto tem que trabalhar”. Ele criticou o lockdown dizendo que “sabemos da gravidade do vírus, mas o efeito colateral de fechar tudo é mais danoso que o vírus”. Em março de 2021, o presidente voltou a criticar o fechamento adotado por vários estados na tentativa de conter o avanço do coronavírus. Para ele, fechar as atividades comerciais será prejudicial para o país no futuro. Nessa ocasião, o presidente alertava que o lockdown poderia causar o aumento da incidência de transtornos mentais e agravamento das demais doenças crônicas. Para o presidente, a "atividade essencial é toda aquela necessária para um trabalhador levar o pão para casa", e também voltou a reclamar do STF que concedeu a estados e municípios o poder de decisão sobre isolamento e lockdown, dando "superpoderes" aos governadores e prefeitos. Ainda segundo o presidente, “os problemas a gente tem que enfrentar, não adianta ir para baixo da cama. Se todo mundo for ficar em casa, vai morrer todo mundo de fome” e “os informais foram condenados a morrer de fome dentro de casa, mas eles não iam morrer de fome dentro de casa. Iriam às ruas atrás de comida, com certeza, invadiriam supermercados, saqueariam com fome, por necessidade. O que nós fizemos? Criamos o auxílio emergencial” Para reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 na economia e no mercado de trabalho do Brasil foi criado o auxílio emergencial, onde 68 milhões de pessoas foram beneficiadas. O governo federal criou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno (Pronampe), que ajudou a evitar o desemprego, e, numa ação voltada para famílias de baixa renda, foi criado em substituição do Bolsa Família, o Auxílio Brasil no valor de R$ 400,00 e hoje está no valor de R$ 600,00. Durante o período de pandemia, o ministro de Economia Paulo Guedes, afirmou que o Brasil iria recuperar a economia em V, ou seja, a economia iria cair por causa do lockdown promovido pelos governadores e prefeito mas que o país voltaria a crescer no mesmo patamar pré pandemia, e foi exatamente isso que aconteceu. Ainda durante a pandemia, o governo federal zerou impostos de vários itens, inclusive de medicamentos e alimentos, enquanto alguns governadores aumentaram seus impostos, como por exemplo, o governador de SP que aumentou impostos de alimentos de consumo diário até a tarifa de energia elétrica e medicamentos.
Para conter a inflação pós-pandemia e agravada pela guerra entre a Ucrânia e Rússia, o governo federal mantém os impostos dos combustíveis zerados e por outro lado, os governadores aumentam a alíquota do ICMS sobre os combustíveis, fazendo com que os mesmos, aumentem ainda mais. A guerra causou um aumento enorme nos preços dos derivados de petróleo em todo o mundo. No Brasil, os preços elevados dos combustíveis, elevaram os preços dos alimentos e dos serviços em geral. E, mais uma vez, o governo federal em acordo com o Congresso Nacional limita o ICMS dos combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo entre 17% e 18% através da Lei Complementar 194/2022. O resultado dessa lei já pode ser observado em diversos estados com a queda do preço dos combustíveis e consequentemente, o mês de julho/2022 apresenta deflação, o que também é esperado para os meses seguintes. O Brasil está na contra-mão do mundo, registra deflação, aumento no PIB e a menor taxa de desemprego dos últimos anos.
O aumento da inflação com os preços altos do combustível e do alimento foi gatilho para toda a mídia, artistas e políticos de esquerda acusarem o presidente de ser o responsável, porém eles esqueceram ou pensam que os brasileiros são tolos o suficiente para esquecer que tudo isso foi causado pelo FECHATUDO QUE A ECONOMIA A GENTE VÊ DEPOIS, tão defendida por eles e tão rechaçada pelo presidente.