domingo, 19 de junho de 2011

Literatura: O Naturalismo

Por Marina Cabral
Equipe Brasil Escola

O Realismo e o Naturalismo apresentam semelhanças e diferenças entre si. O Realismo retrata o homem interagindo com seu meio social, enquanto o Naturalismo mostra o homem como produto de forças “naturais”, desenvolve temas voltados para a análise do comportamento patológico do homem, de suas taras sexuais, de seu lado animalesco. Os naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e seu comportamento é fruto do meio em que vive e sobre o qual age.
A perspectiva evolucionista de Charles Darwin inspirava os naturalistas, esses acreditavam ser a seleção natural que impulsionava a transformação das espécies.
Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural, retratando a agressividade, a violência, o erotismo como elementos que compõe a personalidade humana. Ao lado de Darwin, Hippolyte Taine e Auguste Comte influenciaram de modo definitivo a estética naturalista.

Os autores naturalistas criavam narradores oniscientes, impassíveis para dar apoio à teoria na qual acreditavam. Exploravam temas como o homossexualismo, o incesto, o desequilíbrio que leva à loucura, criando personagens que eram dominados por seus instintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traços de sua natureza animal. No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Eça de Queirós com as obras
O crime do padre Amaro e O primo Basílio, publicadas na década de 1870. Aluísio de Azevedo com a obra O mulato, publicada em 1881, marcou o início do Naturalismo brasileiro, a obra O cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência. Em O cortiço a face completa do Naturalismo pode ser vista, nessa obra o indivíduo é envolvido pelo meio, o cenário é promíscuo e insalubre e retrata o cruzamento das raças, a explosão da sexualidade, a violência e a exploração do homem. Além de Aluízio de Azevedo e Eça de Queirós, existem outros escritores que se destacaram como Júlio Ribeiro com o romance A carne (1888); Adolfo Caminha com A normalista (1893) e O bom-crioulo; Raul Pompéia com O Ateneu (1888).

Fonte:
http://www.brasilescola.com/literatura/o-naturalismo.htm

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