domingo, 29 de abril de 2012
Povos dos sambaquis na Mata Atlântica
Germano Woehl Junior
Quando os portugueses pisaram
aqui pela primeira vez, em 1500, não imaginavam que aquele cenário paradisíaco
em sua volta, a exuberante mata atlântica, já teria levado ao colapso uma
civilização inteira cerca de três mil anos antes. Trata-se dos povos dos sambaquis,
que apresentavam características mongólicas, isto é, face larga, nariz achatado
e olhos puxados e habitaram nosso litoral entre 3 mil e 5 mil anos atrás, de
acordo com os estudos dos fósseis encontrados.
Os sambaquis nada mais são do que
montes de conchas de ostras, uma espécie de "lixão", deixados por
estes nossos irmãos brasileiros da pré-história e concentram-se principalmente
no litoral de São Paulo até Santa Catarina. Além das conchas de ostras, são
encontrados também objetos fabricados, cascas de siris e caranguejos, muitos
esqueletos de animais e de humanos, revelando que os povos dos sambaquis
costumavam enterrar seus mortos nestes locais. Apesar da importância científica
dos sambaquis ser reconhecida desde 1845, sua destruição foi quase total - e,
lamentavelmente, continua até os dias atuais. Essas montanhas de conchas eram
utilizadas para fabricação de cal, atividade que foi proibida em São Paulo em
1952 e no restante do País, em 1961.
Da mesma forma que o lixão de uma
cidade revela o nível cultural e os hábitos das pessoas, os sambaquis nos
fornecem muitas informações sobre a cultura, religião, hábitos alimentares,
"tecnologia" etc. desses habitantes de nossa pré-história.
Descobriu-se, por exemplo, que eles usavam fragmentos de ossos para fabricarem
pontas de flecha e anzóis e que já dispunham também de "tecnologia"
para captura de peixes e animais grandes, pois nos sambaquis são comuns os
esqueletos de cações e golfinhos.
Os sambaquis apresentam
particularidade comum em suas estruturas: na base encontram-se conchas de
ostras bem grandes e o tamanho delas vai diminuindo à medida que a altura do
monte aumenta; nas camadas superiores, estão depositados outros tipos de
conchas de organismos não muito apetitosos e uma maior quantidade de restos de
peixes, caranguejos do mangue etc. Métodos científicos de datação revelam que,
em média, o monte de conchas levava 40 anos para ser formado e que muitos anos
depois alguns sambaquis passavam a receber novamente o depósito de conchas de
ostras grandes no topo, mas só numa pequena quantidade e num período bem curto.
Nossos irmãos brasileiros
da pré-história não figuraram entre os povos mais avançados da Terra daquele
período, contudo eles nos deixaram mensagem muito importante, um alerta, que
todos nós deveríamos levar a sério: os recursos naturais da mata atlântica são
limitados. As evidências científicas demonstram que para sobreviver como
simples coletores os povos dos sambaquis aniquilavam quase todas as formas de
vida de uma região (desde ostras até peixes, aves e mamíferos, mas comiam
também frutas e raízes). Depois, partiam para outra região, devoravam tudo e
assim por diante. Ou seja, eles iam esgotando os recursos naturais nas regiões
por onde passavam e não se davam ao luxo de rejeitar nem saracuras e garças,
pois ossos dessas aves são comuns de serem encontrados nos "lixões"
deles. Esses brasileiros, habitantes da mata atlântica, viveram assim por quase
2 mil anos, para então a civilização deles entrar em colapso e ser extinta.
O modo de vida do homem dos
sambaquis é o que mais se aproxima da interpretação que fazem por aí do
conceito de "uso sustentável dos recursos naturais", e não deu certo,
embora a sociedade deles tenha durado, pelo menos, dois mil anos. E nossa
sociedade, atual ocupante da mata atlântica, quanto tempo durará? Temos hábitos
de consumo devastadores, que geram toneladas de lixo todos os dias, poluem os
rios e o solo com produtos tóxicos e consomem recursos naturais numa escala
assustadora, um modo de vida muito, muito longe, portanto, de ser sustentável.
Além disso, nossa população atinge números alarmantes, passamos dos 180 milhões
(a dos povos dos sambaquis nunca chegou a ser muito numerosa, segundo os
especialistas), o que aumenta ainda mais os desafios para alcançamos a tão
necessária sustentabilidade.
Já arrasamos a mata
atlântica: em apenas 40 anos desmatamos mais do que se desmatou na Europa em 2
mil anos. Em nenhum momento da história da humanidade se desmatou tanto como no
Brasil nestes últimos anos. A ciência consegue prever as conseqüências trágicas
dessa insanidade: além da brutal perda de biodiversidade estamos arruinando
nossos recursos hídricos, tão estratégicos para o desenvolvimento das cidades,
com um mínimo de qualidade de vida.
Restam apenas vestígios da
mata atlântica. É inadmissível que medidas efetivas para tentar salvar estas
últimas áreas, como a criação de unidades de conservação (parques nacionais,
por exemplo), sofram tanta resistência por parte dos degradadores. Usam
argumentos de que isso vai travar o desenvolvimento, como se a destruição, por
exemplo, do que sobrou da majestosa floresta de araucárias, zero vírgula alguma
coisa por cento da floresta original, seja imprescindível para resolver os
problemas econômicos do País.
Vale a pena conhecer o
Museu do Sambaqui em Joinville e também visitar algum dos casqueiros que
milagrosamente escaparam da destruição - tanto em Joinville como no litoral
paulista há ainda muitos deles -, para contemplá-los e fazer profunda reflexão
sobre nossa relação com outras formas de vida com as quais devemos compartilhar
o meio ambiente.
Germano Woehl Junior, do
Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Acompanhe nosso trabalho de Educação Ambiental nas escolas
públicas para salvar a MATA ATLÂNTICA
sábado, 28 de abril de 2012
CEA-Jequá e SMAC - Uma vergonha para a Ilha do Governador e o abandono da APARU do Jequiá
Publique esse post no Facebook no
perfil do Ed Ambiental
Cea e cópias para o prefeito Eduardo Paes, para o sub prefeito
da Ilha do Governador,Victor Bello
Accioly , para as vereadoras Sonia Rabello e Tânia Bastos e para
os Deputados Estaduais Luiz Paulo (PSDB) e Paulo Ramos (PDT) e para um grande
número de pessoas e grupo interessados na sustentabilidade e democracia, como
garantia de que minha voz seja ouvida. Segue então:: "Alguém do CEA lembra
que existe o CEA Jequiá?? Não né!!! Aqui na Ilha do Governador o CEA Jequiá não
tem projeto nem programas de Educação Ambiental.. o mais incrível é saber que a
Associação de Moradores da Colônia ocupa uma sala do prédio. É uma falta de
respeito com os moradores e com as escolas do bairro. Quem daí já seguiu pela
trilha do cais de pneus até o final do Manguezal?? Talvez a agente ambiental
mais ninguém.. Cadê a Diretora de Educação Ambiental da SMAC? Daniela Simas eu
pergunto a você se você teria coragem de levar seus filhos para conhecer o
Manguezal do Jequia pela trilha até o final? Não teria.. agora te pergunto como
você quer que as escolas do bairro levem os seus alunos?? Ah!!! Não quer, pois
se quisesse faria um trabalho decente e não essa porcaria que você faz aqui na
Ilha. Ah e tenham dignidade para manter o meu post aqui, mas de qualquer
maneira vou copiar e colar em vários lugares do Facebook para garantir que
minha reclamação chegue a quem interessa."
Dignidade não tem.. porque além
de me excluírem me bloquearam também..
O sr. Carlos Simas respondeu
minha postagem assim: “Carlos Simas (amigo de Ed Ambiental Cea) também comentou
a foto de Ed Ambiental Cea. Carlos escreveu: "O problema de abrir espaços
como este é se expor a pessoas que tem apenas a intenção em criticar ao invés
de apresentar sugestões e soluções viáveis para os problemas, ainda mais em ano
eleitoral onde os oportunistas pensam que vale tudo! Deveriam antes procurar
conhecer os problemas através de diálogo ao invés de simplesmente vomitar seu
veneno por aí... Parabéns a minha querida esposa e toda a equipe do CEA pelo seu
brilhante e incansável trabalho frente ao Meio Ambiente de nossa cidade."
Ele disse que abriu o espaço mais fugiu da
resposta.. me excluiu e me bloqueou. Covarde!!!
Não vomitei veneno porque não o
tenho, oportunista deve ser ele, que assim tacha pessoas trabalhadoras que
lutam pelos seus direitos. Abrir espaço para diálogo, impossível porque a
prefeitura e a SMAC não tem nenhum interesse nisso. Sugestões nós temos,
projeto também o que falta é a prefeitura ouvir a população em vez de fazer o
quer.
As resposta às palavras desse
senhor eu as direcionei para o sub prefeito da Ilha do Governador: “Victor
Bello Accioly, me perdoe usá-lo como resposta e desabafo. Respeito você e o seu
trabalho, por isso me sinto a vontade para esclarecer alguns pontos que esse
senhor citou. 1- O péssimo trabalho que o CEA faz se justifica
as minhas críticas, venha conhecer o Jequiá antes de falar. 2- Não vomito
veneno por que o tenho, não sou cobra. 3- Temos projeto e sugestões sim, mas
quem quer nos ouvir?? 4- Não sou oportunista, porque não tenho nenhum interesse
político, meu único interesse é ver o Manguezal do Jequiá conservado e servindo
de exemplo para o Brasil. 5- Se estão tão preocupados com o ano eleitoral
deveria no mínimo ter consideração pelos seus eleitores, pois sou educadora
ambiental, professora e ativista ambiental portanto falo, luto e minha voz pode
não ser ouvido pela prefeitura ou pela SMAC mas com certeza é ouvida por muitas
pessoas, principalmente aqui na Ilha, e com certeza o prefeito vai precisar dos
nossos votos. 6- Como cidadã exijo respeito e consideração. 7- Pensei estar
vivendo numa cidade democrata, mas acabei de perceber que vivo sob uma ditadura.
Espero que você não exclua meu post e comentário como também a minha pessoa da
sua lista. Obrigada.”
Ao CEA e a SMAC eu só tenho a
dizer que ao me bloquear e excluir o post ficou provado que contra a verdade
não existe argumento. A minha postagem está sendo multiplicada e compartilhada
por várias pessoas e grupos no Facebook, o tiro saiu pela culatra. Falo para quem quiser ouvir e provo através de
fotos e filmagem o desastroso trabalho do CEA SMAC na APARU do Jequiá. Se o
senhor Carlos Simas acha maravilhoso o trabalho da sua esposa é porque então
nunca visitou o Manguezal do Jequiá. Fazer um bonito trabalho no CEA Marapendi
e Cantagalo é fácil, lá tem mídia, turista.. quero ver se bom mesmo é aqui na
Ilha do Governador.
As vereadoras Tânia Bastos e
Sonia Rabelo se pronunciaram desta maneira:
Tânia Bastos: “Infelizmente não
podemos legislar de forma específica, pois o Município é limitado, porém, vou
tentar com a minha equipe, um caminho para promover a educação ambiental. Desde
já, deixo, claro, que não temos como dirigir o Projeto de Lei somente para a
Ilha do Governador. Quem realmente pode mudar este cenário é o Executivo (a
Prefeitura) que é quem detém o dinheiro. Mas irei fazer uma indicação
legislativa solicitando a melhoria. Abs”.
Sonia Rabello: “Importantíssima a
CEA Jequiá. Estive lá, andando pelo caminho de pneus do manguezal. Farei uma
indicação à SMAC para ativar o prédio onde para educação ambiental, e limpar a
área! Obrigada por noticiar aqui”.
O sub-prefeito da Ilha do
Governador, Victor Accioly me respondeu assim: “Me leva para conhecer a
trilha????? Vamos conversar no caminho e estudar maneiras de unirmos esforços. Veja
quando é um dia bom para você e vamos lá. Acredito que eu preciso conhecer para
poder avaliar o trabalho que está sendo feito e também para poder exigir
investimentos. De qualquer forma, o vice-prefeito MUNIZ me garantiu que farão
um investimento no Mangue do Rio Jequiá”.
Ontem pela manhã (27/04/2012), o
sub prefeito da Ilha do Governador, Victor Accioly visitou o Manguezal do Jequiá,
percorrendo a trilha acompanhado por mim, pelo morador da Colônia Marco Amado,
pela sua secretária Daniella, pelo Lucas (o guarda municipal) e pelo
ambientalista, fotógrafo e também morador José Luiz Ferreira que nos guiou por
cerca de 1h e 30 mim de caminhada. Durante o percurso fomos conversando e
expondo a atual situação do manguezal. Victor Accioly foi o primeiro sub
prefeito da Ilha a visitar desta maneira e mostrou-se corajoso e firme no propósito
de conhecer para poder exigir melhoras. Durante todo o percurso ele e sua
secretária fotografaram os pontos de saída de esgoto, as fezes e muito lixo e
entulho que ali se encontram. Com certeza não gostou nada do que viu, ficou
impressionado com o mal cheiro provocado pelo esgoto in natura que é lançado
diretamente no manguezal. Entretanto não emitiu muitos comentários mesmo porque
ele faz parte da equipe do atual prefeito, mas observou tudo. Na saída da
trilha, entrou no CEA-Jequiá para conhecer, lá dentro acontecia um curso
interessante, de um projeto do SEBRAE para as comunidades que margeiam a Baia
da Guanabara, que paralelamente acontece em ouras localidades, inclusive no
bairro dos Bancários aqui mesmo na Ilha,onde não existe CEA assim como nas outras
localidades fora da Ilha. Provando mais uma vez que o CEA-Jequiá oportunamente
agradece essas parcerias para poder dizer que ali tem atividade, já que ele não
tem nenhum projeto para a comunidade da Colônia de Pesca Z10 nem para as
escolas do bairro. A missão do CEA é promover Educação Ambiental voltada para o
ecossistema manguezal, mas isso eles não fazem. As poucas atividades que
oferecem são basicamente, palestras, filmes e reciclagem com garrafa PET. Será
que é assim mesmo que se deve fazer um Centro de Referências de Estudos e
Educação Ambiental?
No Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global considera que a Educação
Ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa deve ser um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas
de vida. No TEASS, a educação ambiental
deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história e cultura
local. Ela deve também estimular e
potencializar o poder das diversas populações, promovendo oportunidades
para as mudanças democráticas de base
que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus
próprios destinos. A educação
ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido
socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado. A educação ambiental deve promover a
cooperação e do diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de
criar novos modo de vida, baseados em atender às necessidades básicas de todos,
sem distinções. A educação ambiental requer a democratização dos meios de
comunicação de massa e seu comprometimentos com os interesses de todos os
setores da sociedade. A educação ambiental deve integrar conhecimentos,
aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências
educativas de sociedades sustentáveis.
Será que é assim mesmo a Educação
Ambiental que é oferecida no CEA-Jequiá? Quem poderia me responder? Onde está a comunidade? Ela também é parceira
do CEA-Jequiá? Porquê essa comunidade não reconhece o CEA-Jequiá? E as
crianças? Palestras? Criança não gosta de palestra. Reciclagem com garrafa PET?
Projeção de Filmes?
SE LIGA CEA-JEQUIÁ, VAI SE
INFORMAR MELHOR SOBRE O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ACHO QUE SÃO VOCÊS QUE
DEVERIAM VOLTAR PARA A ESCOLA E APREDER O QUE É FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Ciclismo: um esporte muito praticado no mundo todo
O Ciclismo
O ciclismo é um esporte praticado com a
utilização de uma bicicleta. Surgiu como esporte no século XIX, na Inglaterra.
Faz parte dos Jogos Olímpicos desde a primeira edição da era moderna (1896),
realizada em Atenas. As competições de ciclismo são divididas em três
modalidades principais: pista, mountain bike, estrada e BMX.
Competições de
Pista
Nesta modalidade as pistas podem ser de
concreto ou madeira. As provas são: velocidade, perseguição individual,
perseguição por equipes, velocidade olímpica, corridas por pontos, quilômetro
contra o relógio, madison (uma hora de corrida para cada ciclista, sendo o
vencedor aquele que fizer mais voltas) e keirin (oito voltas na pista em que os
ciclistas devem acompanhar uma bicicleta motorizada).
Mountain Bike
Mountain Bike
As provas são disputadas numa pista de
terra com várias irregularidades (buracos, elevações e obstáculos). Existem as
seguintes categorias: Cross Country (praticada em terreno irregular com muitas
subidas e descidas), Free Ride (em pistas com muitos saltos e descidas) e Down
Hill (somente descida em alta velocidade).
Competições de Estrada
Existem dois tipos principais de provas:
resistência (para homens são 195 km e para mulheres 70 km) e contra o relógio
(os ciclistas partem de dois em dois minutos e vence quem fizer o menor tempo).
BMX
As provas ocorrem em pistas de 350 metros com diversos obstáculos. São duas modalidades: corrida (BMX Racing) e manobras (BMX Freestyle).
Benefícios para a saúde
A prática do ciclismo, desde que feita com
orientações de especialistas e acompanhamento médico, é benéfica para o
desenvolvimento muscular e cardiovascular. É uma excelente atividade aeróbica e
sua prática regular queima muitas calorias.
Ciclismo nas Olimpíadas de 2012 (Londres)
- Serão realizadas, nas Olimpíadas de
Londres, 18 provas de ciclismo nas seguintes modalidades: Pista, Mountain Bike,
Estrada e BMX.
Curiosidades:
- As competições
internacionais oficiais de ciclismo são organizadas pela UCI (Union Cycliste
Internationale) com sede na cidade de Aigle (Suíça).
- No Brasil, as competições oficiais são organizadas pela CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo).
- No Brasil, as competições oficiais são organizadas pela CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo).
- Atualmente, as grandes potências
mundiais do ciclismo são: Reino Unido, França, Espanha e Estados Unidos.
Onça-Pintada
A onça-pintada é o maior felino
do continente americano. Seu peso varia entre 35 e 130 kg e geralmente, os
machos são mais pesados que as fêmeas. Possui o corpo robusto, compacto e
musculoso. O seu comprimento total pode variar de 1,7 a 2,4 metros, e sua cauda
é responsável por 52 a 66 cm do seu tamanho corporal (Seymour, 1989). As
onças-pintadas que habitam áreas de florestas tendem a ser menores do que as
que habitam áreas abertas como o Pantanal, no Brasil ou os Llanos, na
Venezuela.
Sua pelagem varia do
amarelo-claro ao castanho-ocreáceo e é caracterizada por manchas pretas em
forma de rosetas de diferentes tamanhos. Estas rosetas são como a “impressão
digital” do animal e servem para diferenciá-lo, pois cada indivíduo possui um
padrão único de pelagem. Deste modo, com o uso de armadilhas fotográficas, é
possível realizar a contagem de onças-pintadas e estimar o tamanho da população
em uma determinada área. Existe também a variação melânica da espécie, que são
onças com uma coloração de fundo preto, mas que também possuem as rosetas.
Essas são conhecidas como onças-pretas e ocorrem em algumas regiões da
distribuição da espécie.
Outras espécies de felinos, que
também possuem manchas, podem ser confundidas com a onça-pintada. Por exemplo o
leopardo (Panthera pardus) que ocorre na África e Ásia e a jaguatirica
(Leopardus pardalis) que ocorre no continente americano. No entanto, essas
espécies possuem porte e padrão de pelagem distintos.
A onça-pintada, juntamente com o
leopardo das neves, o tigre, o leão e o leopardo, compõem as cinco espécies de
grandes felinos pertencentes ao Gênero Panthera. Como característica em comum,
estas espécies possuem uma ossificação incompleta do osso hióide, localizado na
região da garganta, que proporciona um som forte e grave conhecido como esturro. O esturro é utilizado na comunicação entre
indivíduos de onças-pintadas principalmente no período de reprodução, quando
machos e fêmeas o utilizam para se localizarem. As demais espécies de felinos
emitem apenas um miado como forma de comunicação.
As onças-pintadas concentram suas
atividades no período crepuscular-noturno, porém este comportamento pode variar
conforme a região geográfica. Em hábitats de mata densa, as onças-pintadas
podem apresentar maior atividade durante o dia do que em hábitats abertos como
o Cerrado, o Pantanal e a Caatinga.
A onça-pintada é um animal
territorial, e utiliza para delimitar sua área de vida fezes, urina e arranhões
em árvores. De hábito solitário, interage com outros indivíduos da espécie
apenas no período reprodutivo, sendo que um macho pode acasalar com várias
fêmeas.
As fêmeas atingem a maturidade
sexual com aproximadamente dois anos, podendo ter sua primeira cria com três
anos. Os machos atingem sua maturidade sexual com aproximadamente três anos, e
são atraídos pelo odor e vocalização das fêmeas. O período reprodutivo se
estende por todo o ano, quando as onças-pintadas machos e fêmeas interagem por
alguns dias, copulando por várias vezes. Neste período, pode ser observado mais
de um macho acompanhando a mesma fêmea. O tempo de gestação da onça-pintada
varia entre 93 e 105 dias, podendo nascer de um a quatro filhotes, sendo mais
comum o nascimento de dois filhotes por ninhada. Em média, os filhotes
recém-nascidos pesam de 700-900 g, abrem os olhos entre o sétimo e o 13º dia,
mamam até aproximadamente o sexto mês de vida e acompanham a mãe até um ano e
meio de idade (Seymour, 1989).
A onça-pintada exerce importante
função ecológica para a manutenção do equilíbrio dos ambientes onde ocorre,
principalmente por regular o tamanho das populações de suas espécies presas
como, por exemplo, queixadas, capivaras e jacarés. É um animal que exige
extensas áreas preservadas para sobreviver e se reproduzir. Dessa forma, a
onça-pintada é considerada uma espécie guarda chuva, pois suas exigências
ecológicas englobam todas as exigências das demais espécies que ocorrem no seu
ambiente.
No Brasil, a onça-pintada é
listada pelo IBAMA (2003) como ameaçada de extinção. Globalmente é
classificada como “quase ameaçada” (IUCN, 2008). A conversão de seu habitat
natural para atividades agropecuárias é a principal causa da redução de 50% de
sua distribuição original (Sanderson et al. 2002), sendo que a espécie foi
extinta em dois (Uruguai e El Salvador) dos 21 países em que ocorria
historicamente. A onça-pintada é legalmente protegida na maioria dos países que
compreendem a sua distribuição – somente na Bolívia a caça ainda é permitida; e
a espécie não tem nenhuma proteção legal no Equador e Guiana (Caso et al.,
2008).
A Amazônia é, atualmente, o maior
refúgio para a onça-pintada ao longo de toda a sua distribuição. Nos demais
ambientes, a fragmentação de habitat e o consequente isolamento de suas
populações são as maiores ameaças para a espécie. Nesses casos, a manutenção e
restauração de conexões entre populações isoladas é a principal estratégia de
conservação para a onça-pintada (veja por exemplo, Corredor de Biodiversidade
do Rio Araguaia).
A fragmentação de hábitats também
influencia diretamente na disponibilidade de presas naturais das
onças-pintadas. Nesses casos, em regiões de produção pecuária, o gado pode
passar a ser uma importante presa para a espécie A inclusão da espécie no
Apêndice I da CITES (Convenção do Comércio em Espécies Ameaçadas)
praticamente eliminou o comércio ilegal de pele de onça-pintada. No entanto, o
abate de animais em retaliação a prejuízos que eles causam a pecuaristas
continua sendo uma importante ameaça à conservação da espécie. Isso demonstra
que, para conservar a onça-pintada não basta manter hábitats e presas naturais,
mas também minimizar conflitos entre esses predadores e os pecuaristas (veja
por exemplo, Projeto Onça Social).
A onça-pintada é um predador topo
de cadeia alimentar, exclusivamente carnívoro. Estudos de sua dieta ao longo de
toda sua distribuição já registraram mais de 85 espécies de presas naturais
(Sunquist & Sunquist, 1989).
A onça-pintada caça de forma
oportunista, se alimentando das espécies mais abundantes no seu ambiente. Em
algumas regiões do Brasil, as onças-pintadas se alimentam principalmente de
grandes mamíferos, como o queixada, a capivara, o tamanduá-bandeira e a anta, e
em outras, se alimentam de répteis, como a tartaruga e o jacaré. Em áreas onde
vivem próximas ao gado, este pode constituir uma importante fonte de alimento
na sua dieta.
A extensão da área de vida da
onça-pintada varia ao longo de sua distribuição: as menores áreas foram
estimadas em 13 km2 nas florestas de Belize (Rabinowitz, & Nottingham,
1986) e as maiores em 265 km2 no Cerrado do Brasil central (Silveira, 2004).
Estudos têm revelado também que a área de vida de indivíduos machos é maior do
que a de fêmeas, sendo que a área de vida de um macho pode englobar as de
várias fêmeas.
A onça-pintada ocorre em
densidades de aproximadamente 1 a 7 indivíduos adultos por 100 km². Altas
densidades foram relatadas em florestas de Belize e Costa Rica (Salom-Pérez et
al. 2007, Silver et al. 2004), e do Pantanal brasileiro (Soisalo &
Cavalcanti 2006), onde a abundância de espécies presa é excepcionalmente alta.
A onça-pintada ocorre em
distintos e variados habitats, desde florestas tropicais na Amazônia, planícies
inundáveis no Pantanal, florestas secas no México, campos arbustivos e abertos
do Cerrado, e até mesmo em regiões semi-áridas da Caatinga. Preferencialmente
utilizam habitats próximos a cursos d‘água com vegetação densa. Normalmente a
onça-pintada evita áreas de agricultura, mas pode ser observada utilizando
pastagens.
Descobrimento do Brasil - Dia 22 de abril
Em 22 de abril de 1500 chegava ao
Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira
vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte
Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção
à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente
ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração
realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente
de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser
chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil,
ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que
conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no
período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano
em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492,
Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato
que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as
mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras,
Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com
este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste
da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a
Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras
brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as
especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua
comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta,
canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto
realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo
do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja
tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo,
ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos,
espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das
toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com
a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa
começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois
havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para
invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por
exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes
povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A
colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto,
os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar,
visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
Dia internacional do Livro - 23 de abril
O dia mundial do livro e dos
direitos autorais foi criado em 1995 durante a XXVIII Conferência
Geral da UNESCO para promover a leitura, publicação de livros e a proteção
de direitos autorais.
O dia foi escolhido porque tanto Miguel
de Cervantes como William Shakespeare faleceram em 23 de abril.
É um dia para lembrar
o prazer da leitura e incentivar a população a dar uma atenção
especial ao livro.
O ser humano sempre teve necessidade
de se expressar e registrar fatos de seu cotidiano.
Os homens das cavernas nos deixaram
desenhos de suas casas, dos animais que os rodeavam e de suas caçadas
gravados em pedra. E hoje, podemos saber como ele vivam.
Com o passar do tempo, novas técnicas foram surgindo como o papiro, o papel e,
mais recentemente, a forma eletrônica de se expressar que possibilita
a existência de livros online ou mesmo em pequenos aparelhos que levamos de um
lado a outro.
E surgem novas questões que não estavam presentes há poucos anos atrás, como
os livros impressos versus livros eletrônicos. A questão da
preservação do meio ambiente e das árvores assim como os direitos autorais.
Todos os benefícios de andar de bicicleta
Veja o que a bicicleta pode fazer
por você. Além de relaxar, ajuda a queimar muitas calorias!
Os benefícios não deixam margem
para dúvidas. "As pessoas que andam de bicicleta regularmente poupam
muitas visitas ao médico", refere o documento.
"Muitas pessoas com
problemas como dores de costas, excesso de peso ou doenças cardiovasculares,
podem desfrutar de muitos anos de boa saúde se usassem a bicicleta mais
vezes", acrescenta ainda o estudo.
Prepare-se para pedalar
Antes de qualquer exercício
físico, convém lembrar-se que não se pode começar de repente. Para pedalar,
existem várias recomendações. É necessário fazer alongamentos prévios,
trabalhando sobretudo os músculos das pernas, os glúteos, a zona lombar e o pescoço
durante alguns minutos. Se preferir pedalar ao ar livre, lembre-se do
protetor solar e do capacete.
Mente mais sã
Mente mais sã
As pessoas que andam de bicicleta
regularmente são mais resistentes a depressão. Pedalar é um dos melhores
antidepressivos.
O coração agradece
Pedalar reduz o mau colesterol e
o risco de enfarte em cerca de 50%.
Melhora as suas costas
O ciclismo estimula os pequenos
músculos das vértebras dorsais.
Um presente para suas pernas
Com a bicicleta os seus joelhos
ficam protegidos, já que mais de 70% do corpo gravita sobre o selim. E, além
disso, as coxas e os glúteos endurecem.
Afasta as infecções
O exercício físico estimula o
sistema imunitário e aumenta o número de glóbulos brancos, ajudando o organismo
a defender-se de vírus e bactérias.
Fonte: http://www.emagrecendo.net.br/agite_seu_dia/agite_seu_dia/id/663/r/todos-os-beneficios-de-andar-de-bicicleta
Imagem:
http://www.homeaway.pt/vd2/files/hr/en/std/images/subp_cycling.jpg
CICLISTAS COMEMORAM LIBERAÇÃO DE EMBARQUES GRATUITOS DE BICICLETA NAS BARCAS
Secretaria de Transportes aprovou
medida que visa incentivar integração entre modais
Desde o dia 01.03. 2912 ciclistas usuários de barcas podem embarcar com suas bicicletas
gratuitamente, em horários de contra-fluxo. A medida, anunciada pelo secretário
estadual de Transportes, Julio Lopes, visa desenvolver a integração entre as
magrelas e o transporte aquaviário, como já acontece em diversas estações de
trem e metrô.
Os embarques gratuitos de bicicletas acontecem das 8h às 16h no sentido Praça XV-Niterói, e das 16h às 22h, no sentido Niterói–Praça XV. No mesmo dia da liberação, dezenas de passageiros, incluindo um grupo de 20 turistas alemães aproveitaram a novidade.
Os embarques gratuitos de bicicletas acontecem das 8h às 16h no sentido Praça XV-Niterói, e das 16h às 22h, no sentido Niterói–Praça XV. No mesmo dia da liberação, dezenas de passageiros, incluindo um grupo de 20 turistas alemães aproveitaram a novidade.
De acordo com o presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Santos, a medida vai beneficiar centenas de ciclistas diariamente.
- Este é um desejo antigo de nós, ciclistas. Muitas pessoas já utilizam a
bicicleta entre as duas cidades, mas tinham que desembolsar R$4,70. Este
anúncio da Secretaria de Transportes é visto com bons olhos para todos que utilizam bikes como veículo de integração – comemora Claudio Santos.
A Secretaria de Transportes também inaugurou um bicicletário com 40 vagas na Praça XV. Em dezembro foi instalado na Praça Araribóia, em Niterói, um bicicletário com 88 vagas para atender a grande demanda.
- Nossa expectativa é elevar o índice de deslocamentos por bicicleta para 10%
na Região Metropolitana até 2016. Por isso é fundamental criar mecanismos adequados
de utilização deste veículo – afirma o secretário Julio Lopes. Segundo uma
estimativa da ONG Transporte Ativo, atualmente este índice de utilização de
bicicletas no Rio é de 5%.
Rio - Estado da Bicicleta
Com o objetivo de estimular a
cultura do transporte alternativo no estado do Rio, a Secretaria de Transportes
criou o programa Rio - Estado da Bicicleta, que há quatro anos promove o uso da
bicicleta como meio de transporte. Desde que foi criado, o programa vem
realizando uma série de intervenções que visam estimular o uso consciente da
bicicleta, tem apoiado os municípios fluminenses na construção de ciclovias e
ciclofaixas, na instalação de bicicletários, além da constante busca em
promover a integração da magrela com os outros meios de transporte, visando
inseri-la como opção de deslocamento complementar para percursos de curta
distância.
Fonte: http://www.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo;jsessionid=076483CFE602FEED9357203DF4240182.lportal2?p_p_id=exibeconteudo_INSTANCE_2wXQ&p_p_lifecycle=0&refererPlid=11702&_exibeconteudo_INSTANCE_2wXQ_struts_action=%2Fext%2Fexibeconteudo%2Frss&_exibeconteudo_INSTANCE_2wXQ_groupId=132942&_exibeconteudo_INSTANCE_2wXQ_articleId=793352
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Programa Escolas de Bicicleta formará jovens ciclistas urbanos em São Paulo
Se um trânsito mais pacífico
depende da educação de quem o compartilha, os moradores da cidade de São Paulo
podem se animar. Foi lançado no sábado, 31 de março, o programa Escolas de
Bicicleta, iniciativa inédita que irá formar gratuitamente jovens ciclistas
urbanos.
O lançamento contou com um
passeio ciclístico de seis quilômetros pelas ruas de Heliópolis (zona Sul), um
dos locais onde o projeto será implantado. Além do Centro de Convivência
Educativo e Cultural do local, as Escolas de Bicicleta serão aplicadas nos 45
Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade e envolverão inicialmente 4,6
mil alunos.
De acordo com a Secretaria
Municipal de Educação, responsável pelo projeto, as escolas serão o centro de
um programa de educação e sustentabilidade que pretende ensinar aos jovens
desde noções de equilíbrio até regras de trânsito e manutenção das bicicletas.
A previsão é que até o final de
2012 cada centro abrigue 100 alunos ciclistas, entre 12 e 14 anos. Lá eles
terão acesso a bicicletas ecológicas feitas de bambu além de paraciclos para o
estacionamento das bikes e monitores treinados pela Secretaria, pela Companhia
de Engenharia de Tráfego (CET) e pelo Instituto Parada Vital.
No início, os alunos ciclistas
aprenderão a fazer o trajeto casa-CEU-casa em comboios de 15 a 25 estudantes.
Depois de aprender as principais lições, eles sairão pelas ruas do bairro, em
ciclo-rotas criadas por uma equipe do CEU e aprovadas pela CET.
Além das bikes de bambu,
customizadas e inéditas no país, serão entregues capacetes, iluminação, colete
refletivo, bagageiro e alforje, buzina, espelho retrovisor e cadeado para cada
aluno. A Secretaria Municipal de Educação investiu R$ 3,1 milhões na
implantação do programa e para a manutenção será destinado R$ 1,4 milhão por
ano.
Metodologia
Para formar os futuros ciclistas
urbanos, os organizadores do projeto formularam uma metodologia conjunta para
treinar e capacitar monitores que atuarão diretamente com os alunos nos CEUs.
Serão 92 monitores ao todo, sendo dois por unidade.
Além de conhecimentos sobre
legislação, normas e regras de trânsito na cidade de São Paulo, os monitores
terão curso de primeiros socorros, aprenderão sobre a mecânica das bikes e
estarão capacitados a ensinar o aluno a pedalar, ter equilíbrio, autonomia com as
mãos, entre outros aspectos cognitivos.
Nas aulas, os alunos receberão
lições sobre legislação de trânsito, transporte sustentável, estilos e
modalidades de bicicleta, oficina de mecânica e montagem, história e cultura
desse meio de transporte, educação ambiental, e até orientações sobre liderança
e mediação de conflitos.
Terminadas as anotações é hora de
subir na bike e treinar equilíbrio, postura e resistência. Até mesmo a criança
que nunca andou de bicicleta poderá se tornar um aluno ciclista.
Apoio de especialistas
Para pôr a ideia em prática, a
Secretaria Municipal de Educação teve como consultor o dinamarquês,
especialista em mobilidade urbana, Mikael Colville-Andersen. Ele foi o criador
do conceito Copenhagenize, uma proposta para inspirar as cidades de todo o
mundo a se tornarem amigas dos ciclistas, como é a capital da Dinamarca, onde
37% da população (500 mil pessoas) usa a bicicleta como meio de transporte
todos os dias.
Segundo Mikael, com este novo
programa, as crianças e jovens criarão a “cultura da bicicleta emergente”, ou
seja, as bicicletas são um símbolo daquilo que se deseja para a cidade. “Não é
uma questão de tirar todos os carros da rua, mas de promover o retorno das
bicicletas, pela saúde das crianças, para transformar as comunidades em lugares
melhores para se viver.” Para ele, “o programa vai inspirar muitas cidades ao
redor do mundo”.
Para participar
Os interessados em participar do
programa deverão preencher alguns critérios, como ser aluno da escola de Ensino
Fundamental do CEU, ter entre 12 e 14 anos, morar no entorno da ciclo-rota
indicada, e ter o consentimento dos pais. Ao final de um mês de aula, cada
aluno receberá um diploma, entregue na presença dos pais, para que possa, a
partir daí, fazer o trajeto diário casa-CEU-casa de bicicleta com seus amigos.
A comunidade escolar também
poderá participar do projeto por meio de outras atividades, como a gincana
ecológica de coleta e reciclagem de garrafas PET. Diariamente, os alunos e os
pais poderão levar garrafas PET para descartar em contêineres.
Uma vez por mês este material
será triturado, pesado e retirado do CEU para sua correta destinação. A cada
pesagem, 20 bicicletas serão entregues para o CEU que arrecadou a maior
quantidade de PETs. Ao todo, quatro CEUs receberão 20 bicicletas a mais, por
meio da gincana, além das 100 previstas pelo programa.
Redação EcoD
Movimento SOS Lona da Ilha cria site e petição online
O Grupo do Movimento SOS Lona da
Ilha tem se encontrado para debater a situação de abandono da Lona
Cultural Municipal Renato Russo na Ilha do Governador.
O movimento criou o site
www.soslonadailha.com onde está disponível a petição que exige uma solução
para a situação atual da Lona da Ilha.
Vamos acessar o site, divulgá-lo
e assinar a petição.
Não vamos deixar a Ilha do
Governado no abando cultural que se encontra.
O grupo também criou um perfil e
um grupo do Facebook, para visualizá-los acessem www.facebook.com/SosLonaDaIlha ou www.facebook.com/groups/189116024538927/
Invasão das tilápias pode virar lei
Leilane Marinho
15 de Abril de 2012
Apelidadas de "oportunistas", tilápias têm alta
capacidade de proliferação, compete, e em geral, são melhores sucedidas em
ambientes alterados e pobres em recursos alimentares. (foto: Jean Vitule)
O bom pescador sabe que quando se
fisga uma tilápia é preciso manuseá-la com cuidado. Num piscar de olhos, esse
peixe espinhoso e arisco pode ferir a mão com seu dorsal repleto de espinhos
pontiagudos. Apesar de vir da África, trata-se de uma espécie adaptável e
rentável para a criação. Prolifera-se rapidamente e é bem-sucedida em ambientes
alterados e pobres em recursos alimentares, como os represamentos de
hidrelétricas. Compará-la com a produção de peixes nativos é o mesmo que trocar
ouro por cascalho. Por isso, preocupa a possível aprovação do Projeto de Lei
5.989/09 do deputado Nelson Meurer (PP-PR), que pretende liberar a criação de
peixes exóticos como a tilápia e a carpa em tanques-redes de reservatórios
hidrelétricos.
Até agora, isso só é permitido em
locais onde essas espécies estão comprovadamente estabelecidas. Segundo os
pesquisadores, se ele for aprovado, dessa vez a tilápia poderá ferir o próprio
ecossistema aquático, reduzindo a biodiversidade em águas doces. A nova
proposta altera a Lei n° 11.959/2009 responsável pela Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca. Ela já tramita em
caráter conclusivo na Câmara, podendo ir a plenário nos próximos dias para
análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para tentar
barrar o projeto de Meurer, especialistas organizaram uma petição pública.
Riscos de invasão
“A tilápia e a carpa estão entre
as 100 piores espécies invasoras do mundo”, alerta Dilermando Lima, que
pesquisa sobre ecologia aquática na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele
conta que a introdução de espécies é a segunda maior ameaça para a diversidade
biológica mundial, ficando atrás somente da destruição de habitats, e o que é
mais grave, “invasões aquáticas são praticamente impossíveis de serem
controladas”. Os produtores garantem que a técnica em tanque-rede é segura por
impedir que os peixes escapem para fora dos locais de criação. Mas os
especialistas negam e afirmam que podem ocorrer escapes de peixes.
Especialista em invasões
biológicas em ecossistemas aquáticos, Mario Orsi, da Universidade Estadual de
Londrina (UEL), ressalta que o processo de invasão de espécies na natureza
acontece com quantidades pequenas de indivíduos e por isso é lento, pode levar
milhões de anos. A ação do homem pode impor ou acelerar brutalmente essas
transformações. Ele acredita que ao abrir as portas para que peixes-exóticos
adentrem as bacias hidrográficas nacionais, o projeto de lei de Meurer pode
causar um estrago na qualidade biológica dos rios brasileiros. “Ecossistemas
inteiros podem ser modificados pela entrada de espécies não nativas e,
inclusive, reduzir a biodiversidade. Nos ambientes aquáticos esses efeitos são
potencializados e difíceis de serem detectados no início”, lamenta. Orsi
aproveita para lembrar que a nova lei vai contra a Convenção sobre Diversidade
Biológica (1992), assinada pelo Brasil, que compromete o país a proibir e coibir
a invasão de espécies exóticas.
Para piorar, inicialmente o
projeto listava cinco espécies exóticas (de tilápias e carpas) que seriam
permitidas, mas, depois de revisões, deixou ao encargo do Ministério da Pesca e
Aquicultura (MPA) determinar quais peixes serão liberados. “Sabemos que eles
querem a tilápia, mas com essa brecha fica ainda mais difícil controlar o que
pode entrar nos rios”, diz Fernando Pelicice, do Núcleo de Estudos Ambientais
da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Questionado pelo ((o eco)) sobre o projeto, o Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella não quis se pronunciar, alegando que o projeto de lei está em “fase de tramitação no Congresso Nacional, podendo sofrer alterações”. Crivella apenas ressaltou que o “MPA tem atuado em conjunto com o Ministério de Meio Ambiente (MMA) e os órgãos ambientais estaduais para o desenvolvimento sustentável da atividade aquícola no país”.
Se já tem, pode piorar?
Cultivo de tilápias em Furnas. (foto: Valter Monteiro)
Apelidadas de oportunistas,
tilápias têm alta capacidade de proliferação e, em geral, são melhores
sucedidas em ambientes com poucos recursos alimentares. Elas também se
alimentam de ovos e larvas de peixes nativos e são transmissoras de doenças que
podem afetar outras espécies.
Segundo Pelicice, o maior impacto
causado pelas tilápias é a eutrofização (diminuição de oxigênio e poluição da
água), o que torna o ambiente desfavorável principalmente para as espécies
nativas. Ele também explica que no caso das carpas, o maior problema é a
biopertubação. “Elas fuçam demais o fundo das represas movimentando os
sedimentos”, esclarece.
Mas para Meurer, o estrago já foi feito. “As tilápias já estão estabelecidas na maioria dos rios brasileiros”, afirma. Portanto, conclui, o problema não seria agravado com a liberação que o seu projeto de lei propõe. Mas ele é refutado por Pelicice. Uma pesquisa com 77 reservatórios mostrou que as tilápias foram registradas -- diferente de estarem estabelecidas -- em menos de metade dos locais avaliados, conta o pesquisador.
Mas para Meurer, o estrago já foi feito. “As tilápias já estão estabelecidas na maioria dos rios brasileiros”, afirma. Portanto, conclui, o problema não seria agravado com a liberação que o seu projeto de lei propõe. Mas ele é refutado por Pelicice. Uma pesquisa com 77 reservatórios mostrou que as tilápias foram registradas -- diferente de estarem estabelecidas -- em menos de metade dos locais avaliados, conta o pesquisador.
Há três décadas pesquisando sobre
ecologia de peixe, Angelo Agostinho, da Universidade Estadual de Maringá (UEM),
relata que durante 20 anos de amostragem no trecho do rio Paraná (entre os
reservatórios de Porto Primavera e Itaipu), tilápias jamais foram capturadas.
“Mesmo em Itaipu, onde ela é registrada, não há qualquer evidência de que
esteja estabelecida. A introdução de peixes exóticos é uma modalidade de
poluição biológica e, como tal, não era de se esperar que novas liberações
fossem permitidas, porque o impacto de uma espécie exótica se relaciona à sua
abundância”, diz. Agostinho lembra que nos reservatórios de Barra Bonita,
Bariri e Furnas as tilápias já são populações consolidadas e, nestes casos, sua
criação é aprovada pela legislação brasileira.
Nelson Meurer contra ataca com o
argumento de que a produção de tilápias em tanque-rede não ameaça se espalhar
pelos rios brasileiros graças aos seus predadores naturais. “Na região Sul,
peixes como o lambari também fazem o controle de tilápias comendo seus
ovos", diz. Além disso, o deputado afirma que existem técnicas de criação
que controlam os riscos. "Pode-se cultivar peixes ‘assexuados’. Todo mundo
sabe disso, não preciso de estudos que comprovem”. Porém, a informação não é
exata, peixes são organismos sexuados: são machos ou fêmeas. Fernando Pelicice
explica que “existe o fenômeno de reversão sexual, que é a técnica que os
criadores empregam para assegurar que todos os peixes tenham o mesmo
sexo". Mas afirma que os métodos empregados no Brasil não são totalmente
seguros.
Pescado tupiniquim
Mais de 85% da produção nacional
de peixe é baseada em espécies provindas de outros países e/ou continentes, o
que torna o Brasil, proporcionalmente, o maior produtor mundial de espécies não
nativas. Só nos últimos 7 anos (2003-2009) a produção de tilápia dobrou.
Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, numa estrutura padrão (tanque-rede
de pequeno porte) a produtividade da tilápia pode chegar a 200 toneladas por
hectare ao ano. O mesmo cultivo com uma espécie nativa não chega a render
metade.
No entanto, o professor do
departamento de aquicultura da Universidade de Santa Catarina (USC), Evoy
Zaniboni, acredita que, se fomentado com tecnologia adequada, o cultivo de
espécies nativas poderia ser mais rentável para o produtor. “Enquanto a tilápia
é cultivada em todos os continentes, temos peixes nativos, adaptados as
condições ambientais do Brasil e que existem apenas na América do Sul”, lembra
Zaniboni. Ele argumenta que peixes nativos teriam um diferencial que poderia
levá-los a auferir preços mais altos no mercado. Observa também que, embora a
produção de pescado nativo seja ínfima, pesquisas com peixes como o tambaqui e
o híbrido produzido do cruzamento entre o pintado (Pseudoplatystoma fasciatum)
e o cachara (Pseudoplatystoma reticulatum) revelam que essas espécies poderão
garantir uma produção em grande escala no futuro. Mas para isso é preciso
incentivo.
Para Jean Vitule, da Universidade
Federal do Paraná, “É importante que o princípio da precaução [proibir espécies
exóticas] não seja considerado uma barreira para a aquicultura e o setor
produtivo, nem motivo de confrontos”. Ao contrário, afirma, “ele pode ser
encarado como um estímulo à descoberta de espécies nativas que possam
viabilizar cultivos sustentáveis e sem problemas futuros”.
Motivação do PL do Peixe
Meurer conta que o principal
motivo que o levou a propor o projeto de lei foi a escassez de peixe nos locais
onde foram construídas usinas hidrelétricas. A liberação do cultivo de peixes
exóticos em represas uma questão secundária. “Os pescadores ribeirinhos estão
sem ter como pescar. O projeto pretende obrigar os empresários a fazerem essa
reposição”, diz. Na ementa da proposta, ao estabelecer a obrigação o deputado
inclui a carpa e a tilápia.
“Esse é um grande equívoco praticado principalmente por políticos, que se aproveitam do senso comum da população, a qual acredita que soltar peixes em corpo de água só pode ajudar”, diz Pelicice. “É preferível a ausência de manejo a um manejo equivocado e não passível de monitoramento”.
“Esse é um grande equívoco praticado principalmente por políticos, que se aproveitam do senso comum da população, a qual acredita que soltar peixes em corpo de água só pode ajudar”, diz Pelicice. “É preferível a ausência de manejo a um manejo equivocado e não passível de monitoramento”.
Angelo Agostinho explica que
alevinos produzidos em estações de piscicultura para o repovoamento não são
submetidos aos processos seletivos do ambiente, contribuindo para a
transferência de genes pouco adaptados ao mundo real da natureza. Portanto, não
entende como funcionará o “paliativo” sugerido pelo parlamentar, uma vez que o
risco de impactar os estoques naturais é grande e a possibilidade de sucesso de
peixamento (aumento da quantidade de peixe) pequena. “Se o repovoamento for
obrigatório como prevê o projeto de lei, a demanda de alevinos será absurda e
serão necessárias muitas e grandes estações de pisciculturas, com os problemas
inerentes à aquicultura. Além disso, se as matrizes tiverem parentesco a
variabilidade genética dos estoques naturais estará em risco, o que na verdade
irá prejudicar o ribeirinho”, adverte.
Fonte:
Largada para Rio+20 terá evento interativo na Quinta da Boa Vista
GIULIANDER CARPES
A sociedade civil terá uma
oportunidade de participar de forma ativa da Rio+20, conferência climática que
ocorre entre 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro. Começa no dia 31 de maio o
maior evento de aquecimento da reunião que vai debater questões climáticas e de
desenvolvimento sustentável. A Green Nation Fest será um festival interativo
aberto ao público na Quinta da Boa Vista, um parque em São Cristóvão, Zona
Norte do Rio.
O desafio do evento - que tem
entrada gratuita e fica aberto até o dia 7 de junho - é fazer com que as
pessoas saiam da experiência com um mínimo de compromisso para realizar
práticas sustentáveis. "Falaremos sobre meio ambiente de uma forma que chame
a atenção de todos. Por isso, o evento tratará do assunto de maneira agradável,
interativa e com entretenimento", diz Marcos Didonet, diretor do Centro de
Cultura, Informação e Meio Ambiente (Cima), organizador do evento, que vai
receber um investimento de cerca de R$ 4 milhões.
O Green Nation Fest tratará dos
temas relativos ao meio-ambiente usando cinema, educação, esporte e moda. São
três grande atrações: a Feira Interativa e Sensorial, a Mostra Internacional de
Cinema - com 12 longas-metragens - e Seminários Internacionais sobre economia
verde e criativa, abertos para debates. A organização espera uma média de 4 mil
visitantes por dia. "Temos que encarar esse festival como uma oportunidade
única para a cidade, tem que tirar o máximo possível de todos os grandes
eventos. A intenção é deixar um legado para a cidade", afirmou o prefeito
Eduardo Paes, no lançamento do evento, na manhã desta quinta-feira.
O prefeito não perdeu a
oportunidade de aquecer um pouco mais sua campanha de reeleição ao falar de
projetos que tem implantado. "Estamos acabando com os graves problemas da
cidade, o lixão de Gramacho, por exemplo, será desativado. Vamos investir R$ 20
milhões para criar um fundo de renda para as famílias que vivem do lixo",
declarou. No entanto, o Rio ainda é uma das capitais do país que mais produz
lixo. Com cerca de 6,5 milhões de habitantes, recolhe 11 mil t por dia - São
Paulo, com 11,5 milhões de habitantes, produz 18 mil t. O Rio também só recicla
1% do que recolhe, bem abaixo da média nacional de 5%.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
ASSASSINATO CRUEL de um Jequitibá-Rei na Bahia
Uma árvore Jequitibá-Rei de
aproximadamente 500 anos, segundo os moradores locais, foi derrubada pela
prefeitura de Camacan/Bahia. A justificativa da administração municipal foi a
de que as raízes da planta secular estariam a
comprometer a estrutura das casas do entorno.
Ah é?! Tira essas casas do redor da árvore!
Simples! Porque temos sempre que previlegiar o crescimento urbano em detrimento
a natureza?
SOS Lona da Ilha
Artistas, educadores, ambientalistas, atletas e moradores da Ilha do Governador se unem pela revitalização da Lona Cultural Renato Russo.
Abaixo segue o texto de apresentação na página do movimento no Facebook
Descrição
SOS Lona
Cultural da Ilha do Governador
Você sabe o que está acontecendo na Lona Cultural do Aterro do Cocotá? Pois é, nada.
O que deveria ser um importante espaço de cultura está abandonado, depredado e sem atividades. Diante desta triste realidade, o Movimento SOS Lona Cultural Ilha do Governador, formado por artistas, produtores e diversos grupos culturais do bairro, reivindica o seu pleno funcionamento, com oferta de shows musicais, teatrais, oficinas, happy hour, exposições e demais atividades para a comunidade.
O que queremos
Queremos e exigimos que a gestão da Lona seja democrática
e colegiada, com a participação direta no processo de escolha de sua futura
administração por artistas, grupos culturais e comunidade, que por anos lutou
pelo seu retorno.
Acreditamos que uma gestão democrática e de conteúdo plural deste espaço cultural poderá resgatar a importância sócio-educativa e de espaço de lazer e de produção cultural que são inerentes às lonas culturais atualmente em funcionamento em vários bairros da cidade.
Problemas da atual Lona Cultural
Comparada a outras lonas cariocas, a da Ilha é
considerada um exemplo notório de péssima gestão, na qual cargos na direção têm
sido ocupados por pessoas desqualificadas para a função. Além disso, pode-se
incluir no rol de irregularidades:
• Esvaziamento de público;
• Abandono e parte do patrimônio público depredado
(instalações e equipamentos);
• Falta transparência na prestação de contas, o que viola o Princípio da Publicidade;
• Dificuldade de dos artistas e grupos culturais locais à programação da Lona;
• Inexistência do Conselho Gestor Comunitário;
• Falta transparência na prestação de contas, o que viola o Princípio da Publicidade;
• Dificuldade de dos artistas e grupos culturais locais à programação da Lona;
• Inexistência do Conselho Gestor Comunitário;
• Inexistência de site pra divulgação da programação;
• Invariavelmente a Lona encontra-se fechada, dificultando
até mesmo a obtenção de informações básicas, como a agenda de eventos.
Aterro do Cocotá, um Pólo de Cultura, Esporte e Lazer
Queremos que o Parque Poeta Manuel Bandeira se transforme
em um dinâmico e criativo Pólo de Cultura, Esportes e Lazer, no qual a Lona
Cultural deve ser o carro-chefe. Veja abaixo alguns dos equipamentos já
disponíveis no local:
• Terminal de Barcas (outra reivindicação de mais
de 20 anos dos moradores da Ilha);
• Biblioteca Municipal Euclides da Cunha;
• Feirinha de Roupas e Artesanato (nos finais de semana);
• Pista de skate;
• Ciclovia;
• Quadras para práticas de esportes;
• Academia da Terceira Idade.
Teatro de Lona Elbe de Holanda (1987 - 1997)
A implantação da primeira Lona Cultural na Ilha do
Governador (e no Rio de Janeiro), em 1987, foi fruto do movimento “Teatro a
Ilha Quer”, organizada pelo GATIG (Grupo de Artes e Teatro da Ilha do
Governador), que mobilizou moradores, artistas e produtores. Inicialmente com o
nome Teatro de Lona Elbe de Holanda, foi a resposta de um grande movimento
cultural e comunitário iniciado após o fechamento dos três únicos cinemas da
região, deixando o bairro desprovido de equipamentos culturais.
Com o término da gestão do GATIG em novembro de 1989, a
gestão foi entregue ao Bloco do Cocotá, o que levou ao aprofundamento de seu
abandono: o espaço virou local de guarda de carrocinhas de cachorro quente,
reforma de carros etc. Por anos, a ausência de fiscalização por parte da
Prefeitura foi notória e as instalações se depredaram. Neste período, mais uma
vez um grupo de artistas, poetas e ecologistas do bairro se mobilizaram através
de uma importante campanha pública denominada “Lona a Ilha Quer” e realizaram o
enterro simbólico do espaço, com a participação de uma centena de pessoas,
flores e um caixão, saindo do Cemitério do Cacuia até o Aterro do Cocotá,
terminando com um ato público em frente à lona. Também foram organizados
abaixo-assinados, saraus de poesia e outras manifestações culturais com grande
repercussão na imprensa.
Em 1997, após anos de abandono, a Lona foi demolida
arbitrariamente pela Prefeitura do Rio na gestão do então prefeito Conde, o
mesmo que fechou o Circo Voador
Lona Cultural Renato Russo (2007)
Sem a Lona, novamente a população da Ilha iniciou um
movimento para que outra fosse construída. O grupo ecológico Os Verdes
(Movimento de Ecologia Social), juntamente com artistas e grupos culturais do
bairro, perpetraram uma representação no Ministério Público Estadual, que
instaurou Inquérito Civil para apurar as razões e responsabilidades quanto esta
ilegalidade, uma vez que a Lei Orgânica Municipal, em seu Artigo 348, determina
que “é vedada a extinção de qualquer espaço cultural público sem que seja
ouvida a população local e sem a criação, na mesma Região Administrativa, de
espaço equivalente”.
No âmbito deste Inquérito Civil, a titular da Secretaria Municipal de Cultura à época comprometeu-se oficialmente diante do MP Estadual, através do Ofício C/GAB nº 314/96, de 13 de Maio de 1997: (...) “que esta Secretaria não tem a menor intenção de desativar a Lona Cultural da Ilha do Governador ou qualquer outro espaço cultural desta Cidade, mas, ao inverso, ampliar e difundir as manifestações culturais no Município, especialmente aquelas voltadas para as comunidades menos favorecidas”. Entre o compromisso firmado pela SMC junto ao MP Estadual levou a reconstrução da Lona da Ilha após 10 anos da sua demolição.
Foram longos 10 anos que contribuíram decisivamente para o esvaziamento cultural do bairro, aprofundando a exclusão da juventude e a falta de opções de lazer e diversão da população, tendo escasseado a própria produção cultural na região (que reconhecidamente sempre foi pujante e de qualidade) diante da falta de um espaço cultural público adequado.
Conselho Gestor Comunitário da Lona da Ilha
No âmbito deste Inquérito Civil, a titular da Secretaria Municipal de Cultura à época comprometeu-se oficialmente diante do MP Estadual, através do Ofício C/GAB nº 314/96, de 13 de Maio de 1997: (...) “que esta Secretaria não tem a menor intenção de desativar a Lona Cultural da Ilha do Governador ou qualquer outro espaço cultural desta Cidade, mas, ao inverso, ampliar e difundir as manifestações culturais no Município, especialmente aquelas voltadas para as comunidades menos favorecidas”. Entre o compromisso firmado pela SMC junto ao MP Estadual levou a reconstrução da Lona da Ilha após 10 anos da sua demolição.
Foram longos 10 anos que contribuíram decisivamente para o esvaziamento cultural do bairro, aprofundando a exclusão da juventude e a falta de opções de lazer e diversão da população, tendo escasseado a própria produção cultural na região (que reconhecidamente sempre foi pujante e de qualidade) diante da falta de um espaço cultural público adequado.
Conselho Gestor Comunitário da Lona da Ilha
Em 03 de Fevereiro de 2007 houve um importante encontro
de retomada do movimento social pró-lona da Ilha, do qual cerca de 70
moradores, artistas, ecologistas e representantes de entidades civis se
reuniram na sede da Biblioteca Popular da Ilha do Governador, juntamente com
representantes dos grupos culturais que administram as Lonas Culturais de Vista
Alegre e da Maré, para conhecer suas experiências e dar início ao processo de
criação do Conselho Gestor Comunitário da Lona da Ilha.
Foi unânime entre os presentes a proposta de que
este espaço deve ser administrado por um conselho democrático e plural, com
participação dos grupos culturais, artistas e comunidade. Prevista na
legislação municipal, a criação do Conselho Gestor Comunitário nunca foi
cumprida. Desta forma, esta é uma das reivindicações do Movimento SOS Lona
Cultural da Ilha.
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