A Mata Atlântica perdeu 31.195 hectares com desflorestamento entre 2008 e 2010, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Fundação SOS Mata Atlântica. A área desmatada soma 311,95 quilômetros quadrados, o equivalente quase ao tamanho de Belo Horizonte (330 quilômetros quadrados). Segundo o levantamento, esse resultado apresenta uma diminuição de 55% na taxa média anual de desmatamento, comparado com o período anterior analisado, de 2005 a 2008.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Mata Atlântica perdeu 312 km² de 2008 a 2010, diz Inpe
São Paulo (2011)
A Mata Atlântica perdeu 31.195 hectares com desflorestamento entre 2008 e 2010, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Fundação SOS Mata Atlântica. A área desmatada soma 311,95 quilômetros quadrados, o equivalente quase ao tamanho de Belo Horizonte (330 quilômetros quadrados). Segundo o levantamento, esse resultado apresenta uma diminuição de 55% na taxa média anual de desmatamento, comparado com o período anterior analisado, de 2005 a 2008.
A Mata Atlântica perdeu 31.195 hectares com desflorestamento entre 2008 e 2010, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pela Fundação SOS Mata Atlântica. A área desmatada soma 311,95 quilômetros quadrados, o equivalente quase ao tamanho de Belo Horizonte (330 quilômetros quadrados). Segundo o levantamento, esse resultado apresenta uma diminuição de 55% na taxa média anual de desmatamento, comparado com o período anterior analisado, de 2005 a 2008.
De acordo com Márcia Hirota, diretora
de gestão do conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do
levantamento, a diminuição no ritmo do desmate pode ser explicado pelo avanço
da legislação, com a lei L1.428, homologada em 2008, que define o conceito e a
incidência de Mata Atlântica e regulamenta sua exploração. "A queda também
pode ser atribuída ao trabalho dos órgãos de fiscalização e pela maior
consciência da população", disse ela.
O Estado que mais sofreu com o
desmatamento da Mata Atlântica foi Minas Gerais, que perdeu 12.467 hectares no
período de 2008 a 2010, o equivalente a 39,9% do total. Em seguida estão a
Bahia, com 7.725 hectares, Santa Catarina, com 3.701 hectares, e o Paraná, com
3.248 hectares.
Na avaliação de Márcia Hirota, a ação
das motosserras nos Estados de Minas Gerais e Bahia pode ser explicada pela
derrubada da mata para a produção de carvão, seguida pelo plantio de eucalipto.
Além disso, a região afetada pelo desmatamento nesses Estados fica no limite
com outros biomas, como o cerrado e a caatinga, o que flexibiliza a aplicação
da lei de exploração.
No ranking dos municípios com maior
índice de desmatamento estão Ponto dos Volantes, Jequitinhonha e Pedra Azul,
todos em Minas Gerais. Em seguida aparece Andaraí, na Bahia. A cidade paulista
com maior incidência de desmatamento foi Bertioga, na Baixada Santista, por
conta da expansão imobiliária da Riviera de São Lourenço, segundo explicou
Mário Mantovani, diretor de políticas públicas da SOS Mata Atlântica.
Ele destacou a perda de 800 hectares
de mangue no município de Ipojuca, em Pernambuco, em razão das obras do Porto
de Suape, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O levantamento sobre a Mata
Atlântica foi feito a partir da comparação
de imagens de satélites do INPE e pelo trabalho de campo dos pesquisadores, que
avaliam as causas do desmatamento no local. A pesquisa não detecta o chamado
"desmatamento formiga" (áreas menores que três hectares). "Isso
nos leva a crer que a pesquisa subestima o desmatamento", disse Márcia.
O levantamento foi feito em 16 dos 17
Estados que possuem Mata Atlântica no Brasil. Eles estão situados na faixa
leste do País, do Ceará ao Rio Grande do Sul. A pesquisa não fez o mapeamento
no Piauí porque faltam critérios técnicos para definir a incidência dos biomas
na região. Hoje, no Brasil, restam apenas 11,62% da cobertura original de Mata
Atlântica.
Fonte: Agência Estado
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