segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas.
sábado, 29 de agosto de 2009
Devastação dos oceanos afeta vida no planeta
domingo, 23 de agosto de 2009
Tinta usada por pescadores faz caranguejo mudar de sexo
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Em busca da ilha de lixo
Segunda-Feira, 17 de Agosto de 2009, 09:07
Em busca da ilha de lixo
Da Redação
Restos de plástico no oceano liberam substâncias tóxicas aos animais
Expedição parte em busca de 'ilha de lixo' maior que o Texas no Pacífico
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Um mar de doenças
sábado, 15 de agosto de 2009
Terminal Pesqueiro na Ilha, NÃO!!
Já foi desapropriada uma área de 20 mil metros quadrados para a construção do terminal, desalojando diversas empresas e seus empregados.
Até o momento, a área está vazia, com apenas uma ou duas empresas que ainda resistem ao despejo e umas cinco residências, cujos moradores também resistem em deixar o local.
O Ministério da Pesca não divulgou seu projeto para o local, mas, anteriormente, havia desapropriado uma outra área, de 80 mil metros quadrados (quatro vezes maior), no Caju, para a construção do referido terminal. Entretanto, devido a resistências de um estaleiro vizinho, desistiu de construir o terminal no Caju e resolveu erguê-lo logo num dos mais bucólicos e residenciais bairros da Ilha do Governador, a Ribeira, que fica em uma das extremidades do bairro (ou seja: para se chegar até a Ribeira, é necessário atravessar mais da metade do bairro).
A Casa do Índio (que fornece, há 40 anos, hospedagem e assistência a indígenas de todo o Brasil que vêm ao Rio fazer tratamentos médicos), vizinha ao local onde querem construir o terminal, está ameaçada de também ser desapropriada, bem como outras residências e estabelecimentos comerciais, pois os 20 mil metros quadrados já desapropriados não satisfazem ao megalômano projeto.
Existe uma resolução do CONAMA que proíbe a existência de um terminal de pesca num raio de 20 quilômetros de um aeroporto - e o Galeão/Tom Jobim encontra-se nessa situação. Isso porque a manipulação de toneladas de pescado atrai muitos pássaros, o que é uma ameaça real à navegação aérea. E, nesse particular, gostaríamos de lembrar que, caso a turbina de um dos aviões sugue uma dessas aves e a aeronave venha a cair, seremos nós, moradores da Ilha do Governador, que estaremos no solo, recebendo o impacto do desastre.
Além disso tudo numa área contígua à Ribeira existe A APARU do Jequiá, que abrange um manguezal, remanescentes da Mata Atlântica, sítios arqueológicos (sambaquis) e uma colônia de pesca. Essa Unidade de Conservação foi tema da minha monografia na especialização em Educação Ambiental e hoje passa por um momento crítico, necessitando de cuidados especiais para sua manutenção. O Manguezal do Jequiá seria extremamente afetado pela construção do terminal pesqueiro.
O círculo maior é a área aproximada da APARU do Jequiá, o outro círculo bem próximo deste é a área onde está sendo preparada para receber o entreposto pesqueiro e o círculo menor da direita é onde eu moro.
Em entrevista a um jornal local o então Superintendente do Aeroporto Tom Jobim declara-se contrário à construção desse entreposto indesejado - e que o Ministério da Pesca, ao arrepio da lei, deseja nos enfiar goela abaixo.
Em tempo: estamos coletando assinaturas para um abaixo-assinado contra o terminal, a ser enviado a todas as autoridades federais, estaduais e municipais. No dia 29 próximo estaremos promovendo um abraço cultural na praça da Ribeira na qual contaremos com a presença de diversos artistas do bairro.
Estamos também organizando para meados de setembro (12 ou 19) uma carreata/bicicletada/passeata em torno da Ilha para mobilizar a população para a importância da união de todos contra esse entreposto em nosso bairro. A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual aceitou nossa denúncia e abriu um processo investigatório a respeito.
Em vista do exposto, estou convidando a todos que nos apóiem nessa luta e compartilhem conosco desse protesto.
As assinaturas estão sendo coletadas todos os sábados na praça da Ribeira, junto a feira semanal.
Obrigada,
Teresinha Victorino
Ativos ambientais terão novo cálculo
Nações ricas arrendam e compram terras em países pobres
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
- a desconstrução ambiental de nosso país, que levará mais de uma geração para ser revertida, se for.
E que melhor lugar para começar a dissecar o legado desastroso dessa gente do que onde ele se origina, ou seja, na sociedade civil mesmo?
Sim, porque a conivência com o que Lulla Roussef (esse eficiente híbrido de ignorância apelativa e calculismo eleitoreiro) e acólitos vêm fazendo para destroçar o patrimônio natural brasileiro - e as estruturas do Estado que deveriam protegê-lo - não é apenas produto dos votos de analfabetos famintos ávidos da Bolsa-Esmola; é também fruto da criminosa conivência da maioria do dito “movimento” ambientalista, que ora se cala indecentemente ante os abusos e absurdos, ora aplaude trivialidades sem conseqüência como ‘grandes feitos’ da política ambiental, ou ainda faz-se cúmplice de intermináveis conferências, reuniões e convescotes oficialescos cuja única função é dar verniz de consulta a políticas equivocadas já pré-cozidas nos palácios brasilienses.
Não é difícil de entender a gênese desse mutismo cúmplice de muitas ONGs com o atual estado de coisas. Começando pelo Rio Grande do Sul, o Partido dos Trabalhadores aprendeu desde cedo que o movimento ambientalista era um aliado conveniente para sua retórica oposicionista, e alianças momentâneas contra projetos ambientalmente impactantes e iniciativas desenvolvimentistas insustentáveis, dos regimes militares a Fernando Henrique Cardoso, encontraram em parlamentares do PT amplo apoio e ressonância. Ao mesmo tempo, lideranças ambientalistas comprometeram-se irremediavelmente com a visão maniqueísta de que partido dito de “esquerda” é mais ecológico que de “direita”, e passaram a militar no PT em paralelo à atuação nas suas ONGs de origem. Presto! Estava criada uma relação incestuosa que perdura até nossos dias.
No Rio Grande do Sul, a histórica e heróica AGAPAN foi tomada de assalto por militantes do PT já em 1984, resultando na eleição de mais de um vereador. A entidade jamais recuperaria sua credibilidade com a sociedade gaúcha depois desse atrelamento, apesar de seguir viva graças a uns poucos abnegados. Do complexo de militância petista que orbitava no entorno da AGAPAN brotariam os primeiros burocratas de governo que gerariam um novo front de cooptação: o amiguismo. No governo estadual de Olívio Dutra, militantes ambientalistas foram postos em cargos diversos dos órgãos ambientais. Por mais interessados e capazes que fossem, porém, esses militantes-feitos-burocratas enfrentariam a mesma síndrome de impotência que hoje assola seus pares federais no governo de Lulla Roussef: ao contrário do que se imaginava, os governos petistas não elevaram os órgãos ambientais do Estado a patamares de profissionalismo, recursos materiais e poderpolítico capazes de assegurar um papel relevante em direção a uma sociedade mais sustentável; antes, aproveitaram a pinçagem de militantes para cargos de governo com a dupla função de debilitar a militância nas ONGs (agora privadas de lideranças expressivas) e impor uma ‘lei do silêncio’ branca através do amiguismo, ou seja, os militantes que sobraram aqui fora se constrangem de meter a boca no governo em que seus amigos e ex-companheiros estão inseridos. Os que seguem criticando, são mal falados nos corredores palacianos e apontados como “intransigentes” pelos “amigos” de outrora. O amiguismo é muito agravado por um aleijão cultural da maioria dos burocratas brasileiros, que é o de achar-se donos do governo e não empregados do povo; assim, passam a escolher a quem responder, preferindo, claro, os “mansinhos” que os freqüentam sem criticar em público.
No governo federal de Lulla Roussef, a desmobilização causada pelo amiguismo e pela absorção de lideranças pela burocracia foi acrescida de um agravante: a criação magistral da miragem de comprometimento ambiental proporcionada por Marina Silva enquanto Ministra. Mais soldada do Partido do que militante ambientalista, ela inflou a simpatia dos ditos “movimentos sociais” e de ambientalistas deslumbrados pelo Ministério do Meio Ambiente através das Conferências Nacionais de Meio Ambiente, um jogo de espelhos no qual se finge que a sociedade participa da formulação das políticas ambientais federais, e o governo finge que presta atenção.
Some-se a isso o fato de que a maioria das grandes ONGs profissionais que atuam em Pindorama, apesar de fazerem muita coisa boa na prática pela conservação, ou têm vínculos internacionais cujos Boards não querem briga direta com um governo terceiro-mundista pra não sofrer represálias políticas ou mesmo perder interlocução, ou vivem de expressivos patrocínios estatais, e se vê que resta muito pouco de independência no movimento ambientalista brasileiro, no geral restrita hoje a bolsões naquelas entidades que, sempre, foram as que fizeram a diferença, aquelas compostas por três, cinco, doze pessoas, reunidas no fundo do quintal de alguém, sem estrutura nem patrocinador, brigando pelo que acreditam e se lixando para as quadrilhas políticas dominantes. É fácil reconhecê-los: se o prefeitinho local odeia seus líderes, há 99% de chance de serem independentes e gente boa.
A situação corrente, em que o governo federal faz campanha explícita e pornográfica contra as leis ambientais e a conservação da Natureza e mata à míngua os órgãos ambientais públicos, o que resta do movimento ambientalista se deixa encantar, às vezes, por microscópicas “vitórias” cuja significância é pífia ante o assalto ambiental que sofre o país. É assim que um dos únicos grandes movimentos recentes por conservação, voltado para a proteção do banco dos Abrolhos, acabou atolado na batalha pela efetivação da Reserva Extrativista do Cassurubá, importante porém mínima frente ao que se precisa para assegurar que a biodiversidade ímpar de Abrolhos não vá de vez pelo ralo. Enquanto participantes da campanha subiram ao palanque de Lulla Roussef para aplaudir a criação (no papel) desta Resex, o inestimável Parque Nacional Marinho dos Abrolhos segue abandonado, miserável, à margem dos festejos oficialescos que resultaramem desmobilização quase total dessa luta.
É sobre esse marco de desmobilização que o ataque ecofágico do imperial regime que vivemos vem tendo sucesso. Disso falaremos mais adiante, mas aqui fica para reflexão inicial essa reflexão que ninguém gosta de encarar no movimento. E sabem do que mais? É bom estar de volta a´O ECO.