terça-feira, 19 de maio de 2009

Nanopartículas de impressoras a laser

Um estudo feito na Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália) identificou a origem de minúsculas partículas potencialmente perigosas para a saúde humana, emitidas por impressoras a laser.
A pesquisa, coordenada pela Dra Lidia Morawska, tinha por objetivo analisar questões levantadas em estudos anteriores, que apontam que dois terços das impressoras a laser no mercado emitem uma grande quantidade de nanopartículas.
O que são nanopartículas
Nanopartículas são partículas extremamente finas, mais finas do que os poros dos sistemas de filtragem atualmente disponíveis, com diâmetros de poucos nanômetros - 1 nanômetro equivale a 1 bilionésimo de metro.
Estas nanopartículas são potencialmente perigosas para o ser humano porque elas podem penetrar profundamente nos pulmões.
Vapores orgânicos
Segundo a professora Morawska, sua pesquisa revelou que as partículas ultrafinas são formadas por vapores gerados quando a imagem é fundida no papel.
"No processo de impressão, o toner é fundido e, quando ele está quente, certos compostos químicos evaporam-se. Esses vapores passam por um fenômeno de nucleação, condensando-se no ar, formando partículas ultrafinas," disse ela.
"O material é resultante da condensação de compostos orgânicos que se originam tanto do papel quanto do toner quente."
Controle de temperatura
O estudo comparou impressoras com altas emissões de nanopartículas com outras com baixas emissões de nanopartículas. A comparação permitiu que os cientistas descobrissem que as impressoras podem gerar as partículas ultrafinas de duas formas.
"Quanto mais quente a impressora fica, maior é a possibilidade de que as partículas se formem, mas a taxa de alteração da temperatura também contribui," explica a pesquisadora.
"A impressora com alta emissão de partículas opera a uma temperatura média menor, mas tem alterações de temperatura mais rápidas, o que resulta na maior emissão de vapor condensante. A impressora com melhor controle de temperatura emite menos partículas," diz Morawska.
O presente estudo, lançando uma explicação detalhada e conclusiva sobre as nanopartículas emitidas pelas impressoras a laser, poderá ajudar os fabricantes na produção de impressoras que ofereçam menores riscos aos consumidores, assim como permitirá aos consumidores selecionarem os modelos menos danosos à sua saúde.

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