domingo, 31 de maio de 2009

*Leitura obrigatória!*


A Medida Provisória 458, recém-aprovada na Câmara dos Deputados, é leitura obrigatória para quem se interessa pelas urgências reais do Brasil de hoje.

Ela coloca a Amazônia em risco, a pretexto de resolver a crônica desorganização fundiária. Se o texto original do governo já continha temeridades, o que saiu da Câmara agravou os problemas.

A MP permite legalizar milhares de posses de terras públicas com até 1.500 hectares (15 km2) nos Estados amazônicos. Com os adendos, chancela ofestival de grilagem na região e abre portas para mais concentração agrária.

É a consagração da política nefasta do fato consumado. Avança-se sobre áreas públicas na certeza de que mais dia menos dia tudo será legalizado. É um convite a surtos futuros de grilagem, na expectativa de mais uma regularização que, como essa, beneficiará os grandes em nome dos pequenos e da "questão social". Segundo dados do Incra, as mini e as pequenas propriedades, de até quatro módulos fiscais (400 hectares), representam 80% do total, mas ocupam apenas 11,5% da área a ser regularizada. As médias e as grandes, que são apenas 20% do total, ocupam 88,5% da área.

Um processo de regularização fundiária bem conduzido é essencial para estabelecer e promover direitos e para o combate estrutural ao desmatamento. Contudo, o processo em curso servirá para legalizar e capitalizar grileiros, comprometendo esforços de seis anos do próprio governo para reduzir o desmatamento na Amazônia.

O texto da Câmara permite à pessoa jurídica beneficiar-se com a regularização de ocupações, bem como à pessoa física que tenha outros imóveis rurais ou regularize áreas exploradas "indiretamente", ou seja, um proprietário de terras em outras regiões pode ter um preposto tomando contade sua grilagem na Amazônia. Permite ainda que terras legalizadas sejam vendidas após três anos, comprometendo a ideia da função social da terra.

Falta espaço para listar os problemas da MP 458. E todos estarão nas mãos do Senado, em breve. Aos senadores cabe reposicionar o rumo inaceitável que as coisas tomaram. Para isso, é crucial a escolha do relator. Em nome do bem público e do bom senso, e tendo em conta o grau de tensão que o assunto gerou, ele deve ter perfil de negociador com trânsito entre os diferentes interesses, capaz de conduzir um debate qualificado, sem atropelos ou simplificações.

Alguém que, com transparência, possa expor os dados e dar ao Brasil e aos brasileiros a devida segurança para decidir sobre essa questão, com responsabilidade cívica e visão abrangente.

Marina Silva - É senadora pelo estado do Acre e ex-ministra do meioambiente do Brasil.

*POR UMA BRASIL MAIS VERDE - MARINA PRESIDENTE DE BRASIL !*

sábado, 30 de maio de 2009

E-mail do Gilmar (pai de um dos meninos "assassinado" pelo

Que mundo é esse onde não existe mais justiça!!!
Data: Segunda-feira, 11 de Maio de 2009, 19:44
Olá queridos amigos!
Vocês não imaginam a importância de se ter amigos nesta hora de tristeza e amargura.
Neste momento de muita dor que tomou conta das nossas almas, onde avontade de viver dá lugar a de morrer, receber as muitas mensagens através de telefonemas, e-mails tem sido ma benção dos céus.
Ontem a equipe da TV Paranaense esteve em minha casa, gravamos uma matéria que revelava bem a nossa indignação. Mas infelizmente cortaram e colocaram no ar apenas o que não poderia repercutir ou seja nada comparado ao que falamos.
Estamos todos assistindo o Poder Publico sendo colocado à disposição do deputado para anular todas evidências da sua culpa nesse hediondo crime que ceifou a vida do nosso amado filho Gilmarzinho e do seu amigo.
No posto de gasolina onde praticamente tudo começou, o frentista revelou que no dia seguinte onde nós chorávamos a morte de meu filho,os advogados do deputado já estavam trabalhando.
Conversando com o frentista o mesmo disse que o deputado aparentavaestar totalmente embriagado ou drogado. (No Hospital Evangélico osenfermeiros que cuidaram do deputado comentaram que foi encontradacocaína em seu sangue).Tudo isso foi omitido pela imprensa até agora. Está sendo propositadamente escondido pelas autoridades responsáveis, médicos eaté pela própria imprensa.
Porque tanta impunidade? Porque é um deputado estadual. Filho dopoderoso prefeito de Guarapuava.190 km por hora foi o que registra o velocímetro na hora do impacto mortal. O delegado responsável pelo caso, desmentindo esse fato (é só ir lá olhar o carro) divulga que o velocímetro esta marcando zero...
Que poder é este que destrói a esperança de uma familia que no mínimo, nesta hora difícil, só pode exigir que a justiça seja feita? Pelo visto aqui no Paraná, a exemplo de todo o Brasil, o poder político é maior do que a lei.
Lembram do acidente com o sobrinho do governador Requião? Onde ele também provocou a morte de dois jovens inocentes? Onde o próprio governador foi soltar e levar embora o sobrinho embriagado que havia sido preso pelos policiais que atenderam o acidente? Sabem o que aconteceu com ele? Isso mesmo. Nada!!! Seus familiares além de terem que amargar a perda de vidas tão preciosas ainda amargam até hoje a impunidade do sobrinho do governador Roberto Requião.
Além disso, meu irmão apresentador da TV Educativa, foi afastado deseu programa porque estava "incomodando".
Na CBN colegas jornalistas estão indignados com o cerceamento de informações. Autoridades do nosso estado, com certeza vocês fizeram um pacto e não foi com Deus.
Espero e desejo sinceramente que ainda hajam pessoas decentes e honradas nesta cidade que irão reverter este quadro.
Não desejo outra coisa senão justiça. Não quero que isso aconteça com outros inocentes. Sei que esses momentos terríveis irão passar com o tempo mas eu não descansarei enquanto não ver o responsável por esse ato criminoso punido. Seja ele quem for.
Pais e amigos conto com a ajuda de vocês.
Seja divulgando esse e-mail, seja com as suas orações, seja de queforma for.Peço a Deus que nos dê forças para isso e nos proteja.
Amigos, quero apenas lembrar que isso poderia estar acontecendo com qualquer um de vocês.
Fui escolhido para suportar tamanha dor acompanhado desta grande injustiça. Obrigado pelas homenagens ao meu filho.
Nesta quinta na Igreja do Balão no Alto da XV, estaremos realizando um culto em memória ao Gilmarzinho às 20:00.
Um beijo à todos queridos amigos,
Gilmar

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Força do sol pode movimentar mais de € 20 bilhões


Holanda e Brasil — Estudo realizado mostra que o mercado de energia solar concentrada poderia crescer quase 10 vezes nos próximos seis anos.


Os investimentos em energia solar concentrada - sistema que utiliza espelhos para captar a energia do sol e gerar eletricidade - podem bater a casa dos € 2 bilhões neste ano. O potencial deste mercado, no entanto, é muito maior. De acordo com relatório lançado nesta segunda-feira (25/5) pelo Greenpeace, na Holanda, o setor tem capacidade para movimentar € 20,8 bilhões e gerar cerca de 900 mil empregos até 2015. O estudo foi realizado em parceria com a Associação Européia Solar Térmica (Estela, na sigla em inglês) e a SolarPACES, organização da Agência Internacional de Energia, que estuda o desenvolvimento e o mercado desse mercado.

O relatório Panorama da Energia Solar Concentrada mostra ainda como a energia solar concentrada poderia responder por 7% do consumo mundial de energia em 2030 e chegar a 25% em 2050. No Brasil, o elevado índice de radiação solar e a existência de amplas áreas, principalmente no Nordeste, indicam um potencial de consumo semelhante. Os maiores projetos de energia solar concentrada no mundo estão em construção na Espanha e na Califórnia. A tecnologia também é extremamente utilizada em áreas desérticas.

“O Brasil possui um potencial de energia solar quase ilimitado. A implantação de painéis solares e de energia solar concentrada para a geração de energia e o uso de coletores solares para a redução do consumo de energia do chuveiro elétrico terão um papel fundamental na construção de uma matriz energética renovável e sustentável, com baixas emissões de gases de efeito estufa”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energias Renováveis.

Essa tecnologia é fundamental para combater as mudanças climáticas. Com seu uso, até 4,7 bilhões de toneladas de CO2 poderiam deixar de emitidas por ano até 2050, o que significa reduzir 20% do total das emissões necessárias para salvar o clima, relativas à energia. “Essa é uma tecnologia de transição para um futuro livre dos combustíveis fósseis”, diz José Nebrera, presidente da Estela.

De acordo com o cenário mais moderado desenhado pelo estudo, os países com mais disponibilidade de recursos naturais poderão:

• chegar a € 11,1 bilhões de investimentos em 2010, atingindo um máximo de € 92,5 bilhões em 2050

• criar mais de 200 mil postos de trabalho até 2020, e cerca de 1,187 milhão em 2050

• poupar 148 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2020, atingindo 2,1 mil milhões de toneladas em 2050.

Só para se ter uma idéia do que isso significa, a Austrália emite 394 milhões de toneladas de CO2 por ano. As emissões da Alemanha são de 823 milhões anuais – quantidade igual ao total de emissões de todo o continente Africano.

Para viabilizar esse mercado, o Greenpeace, assim como a indústria solar, defende o sistema tarifário feed-in, que garante a conexão do projeto à rede e a remuneração justa pela energia gerada. O sistema já é usado com sucesso em vários países, como Alemanha e Espanha.

Angra 2 tem vazamento de material radioativo


Eletronuclear informou que seis funcionários foram examinados. Apenas 3 deles teriam sido contaminados; acidente seria "insignificante".



A Eletronuclear comunicou nesta terça-feira (26) um vazamento de material radioativo na usina nuclear de Angra 2, no dia 15 de maio. Segundo a empresa, seis funcionários foram monitorados e nenhum apresentou níveis de contaminação "acima das normas reguladoras". Dos seis, três teriam sido contaminados sem gravidade.
O comunicado da empresa divulgado às 18h42 desta terça-feira (26) diz: "Os seis trabalhadores que estavam próximos à sala foram minuciosamente monitorados e verificou-se que o nível de radiação a que se submeteram foi muito abaixo dos limites estabelecidos nos procedimentos da empresa e nas normas reguladoras".
A assessoria de imprensa da Eletronuclear reiterou que, dos seis funcionários que estavam próximo ao que chamou de "evento não usual", três foram
contaminados.
Anteriormente, a Eletronuclear informara que três funcionários haviam sido contaminados, enquanto o Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN) anunciou que quatro pessoas teriam sido atingidas pelo vazamento.
Segundo a Eletronuclear, os contaminados foram examinados e passaram por um processo de descontaminação, ainda que o material não oferecesse risco à saúde. A Eletronuclear garantiu também que o vazamento foi insignificante e que a prefeitura de Angra dos Reis, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Ministério de Minas e Energia foram avisados. Segundo a empresa, uma peça contaminada era raspada para a retirada de material radioativo. Este trabalho seria um processo rotineiro. Um funcionário não desconectou o sistema de ventilação para evitar que as partículas raspadas se espalhassem pela usina. As partículas acionaram o alarme de Angra 2. De acordo com a Eletronuclear, o evento foi classificado como nível 1. Isso significa que ele teve pequenas proporções e que não há necessidade de ações reparadoras. São tomadas apenas medidas preventivas para evitar que incidentes similares ocorram novamente. A Eletronuclear informou que os funcionários foram levados para Mambucaia, onde foram examinados e passaram por descontaminação.


Prefeitura diz que não há contaminados
A Prefeitura de Angra dos Reis informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o acidente foi considerado como evento não-usual – sem danos ao meio ambiente ou à saúde das pessoas. A assessoria afirmou, ainda, que a Defesa Civil do município foi acionada no mesmo dia, e que não há registros de funcionários contaminados.


Nota oficial da Eletronuclear
Esta é a nota divulgada pela Eletronuclear:
"Às 16h15 de 15.05.2009, em função da ocorrência de alarme de radiação na ventilação da usina, foi deflagrado preventivamente Evento Não Usual em Angra 2. O alarme foi normalizado imediatamente após sua ocorrência. O alarme atuou devido à falha no procedimento da descontaminação de um equipamento que causou a liberação de material radiativo na sala onde o trabalho estava sendo executado. Os seis trabalhadores que estavam próximos à sala foram minuciosamente monitorados e verificou-se que o nível de radiação a que se submeteram foi muito abaixo dos limites estabelecidos nos procedimentos da empresa e nas normas reguladoras. Análises e verificações dos monitores de radiação também indicaram que as liberações pela ventilação estiveram dentro da normalidade durante todo o tempo.

O evento foi comunicado à Comissão Nacional de Energia Nuclear e à Prefeitura de Angra dos Reis. Após avaliação das condições radiológicas da usina e conseqüências do evento, constatou-se que não houve impacto para o meio ambiente, para os trabalhadores da usina e para o público em geral. O Evento Não Usual foi encerrado às 18hs15 do mesmo dia".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia da Mata Atlântica

É de conhecimento de todos que as formações florestais e ecossistemas associados que integram a Mata Atlântica, são os mais ameaçados de destruição do Brasil. Estudos recentes do Ministério do Meio Ambiente apontam a existência de apenas 26,97% de áreas remanescentes com cobertura vegetal nativa no bioma Mata Atlântica, em relação à sua área original, incluindo todos os remanescentes primários e secundários de florestas e dos ecossistemas associados, como os campos naturais, restingas e manguezais.
Dados da Fundação SOS Mata Atlântica e INPE indicam que apenas 7% do que resta de Mata Atlântica são florestas primárias ou em estágio avançado de regeneração, bem conservadas e com áreas acima de 100 hectares. A SOS/INPE também mostram que o desmatamento na Mata Atlântica teve uma redução de mais de 70% nos últimos 5 anos, mesmo assim em algumas regiões ainda ocorrem desmatamentos injustificados.
Não podemos esquecer que a qualidade de vida de aproximadamente 110 milhões de brasileiros depende dos serviços ambientais prestados pelos remanescentes de Mata Atlântica, quer na proteção e manutenção de nascentes e fontes de água que abastecem as cidades e comunidades, na regulação do clima, da temperatura, da umidade e das chuvas, como também ao assegurar a fertilidade do solo, garantindo a produtividade das nossas lavouras, e protegendo escarpas e encostas de morros dos processos erosivos e deslizamentos.
A aprovação pelo Congresso Nacional da Lei nº 11.428 de 22.12.2006, após 14 anos de tramitação, foi um grande passo para a conservação dos remanescentes da Mata Atlântica, um Patrimônio Nacional assim reconhecido pela Constituição Federal e que abrange total ou parcialmente 17 Estados brasileiros.
O Decreto no 6.660, de 21 de novembro de 2008 fortalece a legislação sobre conservação, proteção, regeneração e utilização sustentável da vegetação nativa da Mata Atlântica ao estabelecer "o que", "como" e "onde" pode haver intervenção ou uso sustentável da Mata Atlântica.
O Decreto também detalha os tipos de vegetação protegidos pela Lei da Mata Atlântica os quais estão delimitados no "Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428, de 2006", elaborado pelo IBGE, a ser disponibilizado nos sítios eletrônicos do MMA e do IBGE e de forma impressa.
O Decreto permitirá que a grande parcela da população brasileira que vive na Mata Atlântica, concilie o desenvolvimento socioeconômico com a necessária conservação do que restou deste conjunto de formações florestais e ecossistemas associados, que ainda guarda um dos maiores índices de diversidade de plantas e animais do planeta. O Decreto também vai contribuir para alcançarmos o "desmatamento ilegal zero" na Mata Atlântica.
O Decreto estabelece procedimentos simplificados para o uso sustentável da vegetação nativa da Mata Atlântica para pequenos produtores rurais e população tradicional e os requisitos mínimos necessários para a coleta de subprodutos como folhas, frutos e sementes, manutenção da prática do pousio e até mesmo da exploração de espécies arbóreas pioneiras, tudo em perfeita harmonia com a determinação constitucional de se promover a proteção e o uso sustentável dos recursos naturais.
O Decreto estimula o plantio de espécies nativas para recuperação de áreas já desmatadas e também para a produção de matéria prima florestal para uso econômico.
O Decreto estabelece os requisitos mínimos que deverão orientar a elaboração dos PLANOS MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA, com o objetivo de estimular e ampliar o envolvimento dos municípios na conservação e recuperação da Mata Atlântica. A Lei nº 11.428, de 2006 e o Decreto nº 6.660, de 2008, procuram proteger efetivamente o que restou da Mata Atlântica ao estabelecer que quaisquer novos empreendimentos na região abrangida, sejam preferencialmente implementados em áreas já substancialmente alteradas ou degradadas. Destacamos que o regime jurídico da Lei e deste Decreto somente se aplica aos remanescentes de vegetação nativa, não interferindo em áreas já ocupadas legalmente com agricultura, cidades, pastagens e florestas plantadas ou outras áreas desprovidas de vegetação nativa.
Uma grande diversidade de animais e plantas depende do que restou da Mata Atlântica para sobreviver. Atualmente apenas cerca de 6% da área da Mata Atlântica estão protegidos em Unidades de Conservação da Natureza, dos quais apenas 2% são Unidades de Conservação de proteção integral e 4% de uso sustentável. Este baixo percentual de Unidades de Conservação é hoje uma das principais lacunas para a conservação da Mata Atlântica, no longo prazo.
Nos últimos 5 anos o Governo Federal ampliou em mais de 350.000 hectares a área da Mata Atlântica protegidas em Unidades de Conservação, incluindo as ameaçadas florestas com araucárias no Paraná e Santa Catarina, assim como manguezais, restingas e florestas no sul da Bahia. O Decreto amplia esta proteção, notadamente para as diversas espécies da Mata Atlântica hoje reconhecidas como ameaçadas de extinção.

terça-feira, 26 de maio de 2009

LONA VERDE 2209 - Lona Cultural Renato Russo

Semana do Meio Ambiente
Dia 29 de maio de 2009 das 08 às 15h

Programação:
08h – Abertura
· Contação de história

08:30h – Vídeo: As 4 Ecologias de Leonardo Boff,entre outros

10h – Oficinas
· Culinária Alternativa – Ângelo Prestes
· Pet – Angélica
· Sabão ecológico – Guil
· Reaproveitamento de papel – Teresinha
· Fuxico – Myrian Cristina
· Osvaldo e Vavá - brinquedos de sucata

12h – Lanche
12:30h – Projeção de Vídeos
13h – Dinâmica de Grupo
14h – Oficinas de reciclagem
15h Encerramento

Apoio: Rede Supermarketing
Papelaria Tia Berê
Eletro Bike Rio
Associação Reformando

"Movimento de reação"

Neste final de semana, ambientalistas, juristas e políticos se reuniram para dar início ao que foi chamado de "movimento de reação" contra a destruição das leis ambientais do país.
O encontro ocorreu dentro das atividades do Viva a Mata, evento realizado pela não-governamental SOS Mata Atlântica, em São Paulo. Estavam presentes o deputado José Sarney Filho, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Antonio Hermann Benjamin, o diretor de mobilização da ong, Mário Mantovani, entre outros.
A idéia do grupo é, dentro de oito meses, colocar um milhão de pessoas nas ruas, numa mobilização semelhante à que ocorreu em 1984, com o Movimento Diretas Já. "Este é o momento mais crítico do movimento ambientalista brasileiro, estamos numa guerra, agora declarada, onde a mudança no Código Florestal é apenas a ponta do iceberg. Cabe ao movimento ambientalista fazer uma auto-crítica e mobilizar a sociedade", disse Clayton Lino, da Fundação Florestal do Estado de São Paulo, em relação à desarticulação do movimento ambientalista brasileiro. Além de tentar uma rearticulação da militância e levar um milhão de pessoas às ruas, o grupo sugeriu a criação de um ranking dos políticos que têm projetos de lei ou emendas contra o meio ambiente. Após o encontro, uma pequena mobilização foi realizada no Parque Ibirapuera, sede do Viva a Mata. O grupo também disse estar de olho na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que deve votar na próxima quarta-feira a proposta de Decreto Legislativo do deputado Fernando Chucre, que visa reduzir a proteção de restingas no país. "Este encontro de hoje é o ponto de partida para um movimento de reação", disse o deputado Sarney Filho.
A Rede de ONGs da Mata Atlântica entregou uma carta de apoio ao grupo durante o evento.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dia Internacional da Biodiversidade

A conservação da biodiversidade garante a sobrevivência da maioria das espécies de animais e vegetais, sem o quê não haverá sustentabilidade, pois a humanidade perderá fontes de recursos para a sua sobrevivência, o que nos leva a desenvolver métodos e ações concretas para a sua conservação. A conjugação de esforços da sociedade em discutir temas importantes como: educação, saúde, mudanças climáticas, energias renováveis entre outros, faz-se necessário para a manutenção da harmonia planetária.
O Brasil através do Decreto Legislativo N° 2, de 1994 aprovou o texto da Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB, que é um dos principais tratados internacionais resultantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco 92, realizada na cidade do Rio de Janeiro e assinada por 188 países signatários (Partes Contratantes) que se responsabilizaram em atingir seus objetivos. Cada uma das Partes Contratantes deve desenvolver estratégicas de proteção à biodiversidade e integrá-las as metas de sustentabilidade.
A biodiversidade é uma estratégica reconhecida para o Brasil tanto pela importância da conservação e preservação da diversidade biológica e o conhecimento tradicional associado como pelo potencial do uso sustentável destes. As estratégias de proteção da biodiversidade devem ter em conta o fato que a biodiversidade avança rapidamente da situação de uso econômico limitado, para o amplo, tornando imprescindível tratá-la como um bem de todos, por ser essencial para a sobrevivência da humanidade. A conservação e uso sustentável da biodiversidade são inseparáveis das questões sociais e econômicas.
A humanidade como parte da natureza, precisa construir uma cultura em que a vida seja vista como dependente dos sistemas naturais e sociais para ser mantida e impor respeito profundo pela natureza, acompanhado de um senso de responsabilidade social, capaz de promover a sua conservação.
Teresinha Victorino

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lâmpadas Fluorescentes X Incandescentes

Ganhos ambientais das lâmpadas fluorescentes questionados.
Cientistas acham que elas não são tão verdes como muitos imaginam.
Revista Photonics Spectra, April, 2009Pittsfied, Massachusetts, EUA
Edição impressa - pagina 12
Tradução: Germano Woehl Jr. - Instituto Rã-bugio
Alguns cientistas questionam as vantagens das lâmpadas fluorescentes em relação às incandescentes.
Eles apontam as seguintes desvantagens.
1) Para produzi-las se gasta pelo menos 10 vezes mais energia do que a usada para produzir as lâmpadas incandescentes (o processo para fabricar uma lâmpada incandescente é muito mais simples e consome também menos matéria prima).
2) Contém mercúrio (que é altamente nocivo à saúde humana) e requer cuidados especiais para serem descartadas.
3) Produz radiação eletromagnética nociva à saúde humana (electrosmog) muitas vezes superior ao nível considerado seguro para emissão das telas de TV e monitores (de acordo com revista suíça do consumidor K-tipp, No.18, 2007)
4) Produz luz artificial e de espectro não homogêneo que causa irritantes oscilações de intensidade, muitos harmônicos e picos intensos de luz azulada.
5) A intensidade da luz decresce acentuadamente com o tempo de vida da lâmpada.
Por Dietrich Hucke, Jena, Alemanha

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nanopartículas de impressoras a laser

Um estudo feito na Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália) identificou a origem de minúsculas partículas potencialmente perigosas para a saúde humana, emitidas por impressoras a laser.
A pesquisa, coordenada pela Dra Lidia Morawska, tinha por objetivo analisar questões levantadas em estudos anteriores, que apontam que dois terços das impressoras a laser no mercado emitem uma grande quantidade de nanopartículas.
O que são nanopartículas
Nanopartículas são partículas extremamente finas, mais finas do que os poros dos sistemas de filtragem atualmente disponíveis, com diâmetros de poucos nanômetros - 1 nanômetro equivale a 1 bilionésimo de metro.
Estas nanopartículas são potencialmente perigosas para o ser humano porque elas podem penetrar profundamente nos pulmões.
Vapores orgânicos
Segundo a professora Morawska, sua pesquisa revelou que as partículas ultrafinas são formadas por vapores gerados quando a imagem é fundida no papel.
"No processo de impressão, o toner é fundido e, quando ele está quente, certos compostos químicos evaporam-se. Esses vapores passam por um fenômeno de nucleação, condensando-se no ar, formando partículas ultrafinas," disse ela.
"O material é resultante da condensação de compostos orgânicos que se originam tanto do papel quanto do toner quente."
Controle de temperatura
O estudo comparou impressoras com altas emissões de nanopartículas com outras com baixas emissões de nanopartículas. A comparação permitiu que os cientistas descobrissem que as impressoras podem gerar as partículas ultrafinas de duas formas.
"Quanto mais quente a impressora fica, maior é a possibilidade de que as partículas se formem, mas a taxa de alteração da temperatura também contribui," explica a pesquisadora.
"A impressora com alta emissão de partículas opera a uma temperatura média menor, mas tem alterações de temperatura mais rápidas, o que resulta na maior emissão de vapor condensante. A impressora com melhor controle de temperatura emite menos partículas," diz Morawska.
O presente estudo, lançando uma explicação detalhada e conclusiva sobre as nanopartículas emitidas pelas impressoras a laser, poderá ajudar os fabricantes na produção de impressoras que ofereçam menores riscos aos consumidores, assim como permitirá aos consumidores selecionarem os modelos menos danosos à sua saúde.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

CEFET-RJ PROMOVE IV ENCONTRO SOBRE O MEIO AMBIENTE

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do CEFET-RJ realizará, nos dias 27 e 28 de maio de 2009, evento sobre o tema: Produção de Energia através de Recursos Renováveis, onde haverá apresentação de vários trabalhos e atividades. Serão oferecidos mini-cursos e apresentação de pôsteres relacionados ao tema, filmes epalestras. O público alvo são os docentes e discentes do CEFET e interessados de modo geral em causas ambientais. Entre as apresentações, a participação do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro no mini-curso Geoconservação - A Preservação do Patrimônio Geológico, no dia 27, às 11h por Kátia Mansur (Coordenadora do ProjetoCaminhos Geológicos) e a palestra Sistemas de informações Geográficas para localização de áreas com potencial energético, dia 28 às 18h, por> Francisco Dourado (Diretor de Geologia).
Mais informações na Coordenação do Encontro sobre o Meio Ambiente, com a Profa. Lilian Karla Figueira da Silva
( lkfsilva@cefet-rj.br ou lkfsilva@hotmail.com ) ou telefones: 21- 2719-7258 / 82127869 ou ainda em www.cefet-rj.br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sinais e Alerta

Passará muito tempo até que esqueçamos o mês de abril de 2009 e sua imagem mais emblemática: pessoas de máscara nas ruas de cidades em todos os continentes.
De um lado, o significado desse cuidado é óbvio, ligado à precaução contra um mal que não se sabe exatamente de onde pode vir. De um corrimão, de um aperto de mão, de um beijo. De outro, essa é também a imagem do desamparo e da perplexidade diante de nossa própria fragilidade. A onipotente presença humana no planeta vê-se, de repente, no seu real tamanho, ameaçada por um virus.
E no entanto, não se trata de filme de ficção, do gênero terror. E essa não é a primeira e nem a mais grave pandemia. A gripe de 1918, também conhecida como Gripe Espanhola (embora o primeiro caso tenha sido detectado nos Estados Unidos) matou mais de 20 milhões de pessoas, em uma conjuntura na qual os exércitos acantonados na Europa, ao final da Primeira Guerra Mundial, foram severamente atingidos.
Hoje, a despeito de nossa apreensão, a situação é bem outra. Um único alerta da Organização Mundial de Saúde e orientações de proteção atingem o mundo inteiro em tempo real. Certamente a alta conectividade em que vivemos, se facilita o trânsito do virus, também colabora para a minimização dos danos.
Mas há outros aspectos preocupantes que merecem nossa reflexão. Outra gripe de letalidade alta, a aviária, foi identificada pela primeira vez em 1900. Em 2005, um surto iniciado na Ásia, em Hong Kong, migrou para países do Ocidente. Naquele ano, a OMS adotou, basicamente, estratégia focada na identificação e isolamento da cepa pandêmica, seguida de uso massivo de antivirais. Segundo especialistas, esse tipo de estratégia é insuficiente. Novas cepas surgem a partir de recombinações de partes de vários virus, muitas vezes mais agressivas e resistentes.
Há mais de vinte anos a ciência demonstrou que se dois ou mais virus infectam um mesmo hospedeiro, o processo de replicação viral produz vírus recombinantes, muitos deles geneticamente diferentes dos que lhes deram origem. Assim, distintas mutações podem aparecer num mesmo vírus. Se a nova combinação genética proporcionar ao novo vírus mais agressividade, ele se dissemina rapidamente. É o caso da versão atual do Influenza A H1N1, detectada primeiramente no México. Os oito genes do vírus tem origem de versões que atacam o homem, as aves e os suínos. O mais impressionante é que os componentes genéticos tem origem na América, na Europa e na Ásia.
Parte significativa da comunidade científica e dos ambientalistas vem alertando sobre o papel das práticas do sistema produtivo como um dos vetores da mutação gripal. A criação de animais transformou- se nas últimas décadas em verdadeiras plantas industriais. Nos Estados Unidos são criados 65 milhões de porcos em 65 mil instalações. Pocilgas antigas foram substituidas por instalações gigantescas. Milhares de porcos aglomerados, com sistemas imunológicos debilitados, podem intercambiar e produzir bilhões ou trilhões de vírus recombinantes.
Para nos protegermos de situações como a que o mundo enfrenta nesse momento, entre as medidas importantes de defesa deve-se incluir o "parar para pensar". Sobretudo, para listarmos aquilo que contribui para nossa fragilidade, para além da transmissão da gripe propriamente dita. Em primeiro lugar, é preciso resistir à tentação de tomar medicamentos a torto e a direito porque essa atitude torna mais resistentes os virus e, portanto, alimenta a agressividade da ciranda virótica que parece se reproduzir a intervalos cada vez menores.
Em segundo, é fundamental atentar para processos produtivos que podem estar contribuindo de forma perversa para aumentar nossa vulnerabilidade.
Não há, certamente, uma razão única para situações como a que vivemos hoje. Mas a verdade é que, quando tudo volta ao normal, esquecemos de questionar sistemas que tem o seu lado positivo, como é a produção de alimentos em larga escala, porém, trazem consequências que podem vir a ser extremamente danosas. Portanto, é imperativo repensar os sistemas produtivos. Tanto na agricultura quanto na criação e abate de animais em escala industrial vem-se verificando impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana de forma crescente e cada vez mais intensa. É tarefa urgente, do poder público e da sociedade, avançar no aprimoramento desses sistemas, não apenas do ponto de vista dos ganhos em produtividade, mas de modo a contribuir para a eliminação ou mitigação
dos fatores de risco ambiental e à saúde humana.
Marina Silva é professora de História, senadora pelo PT do Acre,
ex-ministra do Meio Ambiente e colunista da Terra Magazine.

A gripe, o enxofre, o bolso, a vida

Existe no ar de todas as cidades brasileiras um agente muito mais assassino do que o vírus H1N1, mas que merece até proteção das autoridades.
Chama-se enxofre, do tipo altamente poluente usado nos veículos brasileiros. Como é do hábito tapuia, aqui a concentração de enxofre no diesel é obscenamente mais elevada até mesmo do que em alguns países da América Latina, região que está longe de ser um paradigma. Aqui, a concentração é de 2.000 PPM contra 15 nos Estados Unidos, por exemplo.
Mata 3.000 pessoas por ano na cidade de São Paulo, pela contabilidade de Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. Que mata foi reconhecido pelas autoridades, dado que uma resolução já antiga (2002) do Conselho Nacional do Meio Ambiente obrigava a Petrobras a reduzir a concentração de enxofre a partir de janeiro deste ano. Logo, as indústrias automobilísticas deveriam pôr na rua veículos adaptados para o combustível menos sujo.
De acordo com outro hábito tapuia, a indústria automobilística até produz motores prontos para o diesel menos mortal. Mas só para exportação. Quem manda não termos todos olhos azuis?
Recursos daqui e dali contra a data (só contra ela, não contra o caráter assassino do diesel aqui usado), e a resolução do Conama foi jogada para 2014. Ou seja, concedeu-se licença para matar por mais cinco anos. Oficialmente.
Novos recursos para antecipar a vigência do combustível menos poluente -e eis que sai a sentença do juiz Marcus Vinicius Kiyoshi Onodera, da 2ª Vara da Fazenda de São Paulo: nada de antecipar nada. O principal motivo alegado é que "a última e recente crise econômica afetou de forma profunda esse setor da economia", referindo-se à indústria automobilística.
Então, tá. A vida não é nada. O lucro é sagrado.
Fonte: Josias Souza da Folha de São Paulo

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estudo vê riscos em Fernando de Noronha

Pesquisa aponta que ilha gera poluentes em excesso lançados por veículos e gerador de energia; água potável é escassa.
Instituto ligado ao Ministério do Meio Ambiente indica o uso de energia renovável e a redução do consumo de combustíveis no local .
SOFIA FERNANDES
SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em um lugar onde a emissão de gás carbônico per capita supera a taxa dos EUA (20,14 toneladas por ano), quase toda energia elétrica é gerada à base de óleo diesel e a água potável disponível dá conta de menos da metade da sua população.
O retrato de ruína ambiental é justamente do paraíso ecológico mais festejado do Brasil, Fernando de Noronha.
O Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, coordenou estudo inédito de capacidade de suporte da ilha e constatou sérios equívocos no modelo atual de gestão de Noronha.
O último vestígio de mata atlântica insular está sujeito a um processo de degradação de seus recursos naturais. O grande vilão, de acordo com pesquisadores, é a forma de obtenção de energia. Um gerador movido a diesel é a fonte quase única que provê a ilha de 12 km2. A unidade geradora consome cerca de 2.000 toneladas do combustível fóssil por ano, liberando grande parte das 50 toneladas de gás carbônico per capita de Noronha.
A emissão de poluentes dos quase mil carros em circulação completa a paradoxal contribuição do arquipélago para o efeito estufa.
O estudo estabelece como meta o uso de 30% de energia renovável em três anos e queda pela metade do consumo de combustíveis fósseis no mesmo período.
Um dos grandes consumidores da energia suja produzida em Noronha é o dessalinizador de água. Dele, sai praticamente toda água potável - ainda muito salgada - consumida na ilha.
A oferta de água per capita é considerada muito pequena. A água que sai do dessalinizador é suficiente para 630 pessoas - a ilha comporta diariamente uma média de 4.000.
De acordo com parâmetros da OMS (Organização Mundial de Saúde), a situação é de ameaça à sobrevivência na ilha.
A bióloga e moradora da ilha Cristina Polentino Campos, 27, diz que a oferta de água já foi pior, mas ainda é escassa e pode ser o motivo dos problemas de hipertensão registrada entre moradores.
Ela bebe da água dessalinizada, mas, para sua filha de cinco meses, compra água mineral, a R$ 3 a garrafa de 1,5 litro. São R$ 300 por mês.
Medidas como coleta de água da chuva e reaproveitamento poderiam minimizar o problema da escassez.
São produzidas, por ano, 3,5 toneladas de lixo - por dia, na cidade de São Paulo, são 9.500 toneladas. Orgânico e seco, vai tudo misturado para o lixão, onde se gasta tempo e dinheiro separando e embalando lixo seco para ser enviado, de navio, para Recife.
De acordo com o administrador da ilha, Romeu Baptista, são gastos R$ 200 mil por mês para tratar e enviar lixo até o continente.
O problema poderia ser evitado com coleta seletiva e veto de entrada de produtos como garrafas pet, avalia Guilherme Abdala, coordenador-geral do estudo, da consultoria Elabore.
Muito do lixo permanece na ilha, e boa parte dele vem dos turistas, que não recebem orientação devida. Em 2006, desembarcaram 86 mil pessoas em Fernando de Noronha.
Quando a viagem é feita de navio, chegam a desembarcar mais de 600 pessoas de uma só vez, em uma só praia, mesmo com a restrição legal de 400 pessoas por dia. Para passear com os turistas, filas com mais de cem bugues se formam.
O diretor de Ecossistemas do instituto, Ricardo Soavinski, diz que não é só uma questão de restringir entrada. Com uma gestão adequada é possível, inclusive, aumentar a capacidade de Noronha.
Nesta semana, Soavinski se encontra com o administrador da ilha e com pessoas do governo de Pernambuco para decidir como fazer as mudanças que o estudo aponta como urgentes.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fora do habitat, nove em cada dez animais morrem

Canários-da-terra, trinca-ferros, papagaios, araras, jabutis, tartarugas, iguanas, macaco-prego e jaguatiricas. Essas são algumas espécies arrancadas do seu habitat todos os dias e que engrossam a estatística do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Apenas em Belo Horizonte, a unidade recebe uma média de 12 mil animais apreendidos por ano - número quatro vezes maior que em 2003. "Ainda não há um sentimento arraigado na sociedade de que manter essas espécies em cativeiro é um crime, é impedir que elas se reproduzam em liberdade.
A experiência nos mostra que a legislação ambiental é eficiente, mas falta conscientização das pessoas.Temos que levar a lei ao conhecimento da população, com exemplos e numa linguagem simples e acessível", defende o juiz titular da 5ª Vara Federal de Belo Horizonte, João Batista Ribeiro. O aumento do número de processos de crimes ambientais na Justiça Federal é atribuído, pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), ao maior rigor na fiscalização. "Com a integração dos órgãos de controle, temos cerca de 150 fiscais trabalhando junto com 1,6 mil homens da Polícia Militar de Meio Ambiente em todo o estado. O efetivo ainda não é suficiente, mas isso já nospermite chegar aos 853 municípios mineiros com mais facilidade. O aumento da fiscalização leva os infratores a assumirem um novo posicionamento", afirma o secretário-executivo do Comitê Gestor de Fiscalização Integrado do Sisema, Paulo Teodoro de Carvalho.
De acordo com dados do Ibama/MG, a cada dez animais traficados, nove morrem durante a sua captura e transporte. Além disso, os traficantes utilizam técnicas cruéis para garantir a venda dos animais. Eles chegam a cegar as aves com brasa de cigarro, quebrar o osso externo de araras e papagaios, pintar periquitos para serem vendidos como filhotes de papagaio e até matar os pais para facilitar a captura dos filhotes.
Segundo a Lei de Crimes Ambientais, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida, é motivo para multa, que varia de R$ 500 a R$ 5 mil por unidade. Incorre na mesma multa quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito esses animais.
Fonte: Jornal de Uberaba