domingo, 2 de novembro de 2014

Montpellier, França

Montpellier
Por: Teresinha Victorino


 
 


 
 
A cidade de Montpellier é verdadeiramente francesa, diferente da cosmopolita Paris, mesmo sendo a oitava maior cidade da França, ela é tranquila como uma vila, mas ousada como uma metrópole.


Montpellier é a capital do Languedoc, uma cidade universitária com mil anos de história que possui uma das mais antigas faculdades de medicina do país, fundada em 1289. Mas a pesar disso é jovem e receptiva.



Recebe dez novos habitantes por dia, pouco mais de 50% da sua população tem menos de 35 anos. E como está a cerca de 3 horas de trem de Paris, Montpellier recebe visitas de jovens parisienses nos fins de semana e intercambistas de todo o mundo ao longo do ano. A cidade é especialista em cursos de francês para estrangeiros, sendo uma das três regiões do país com o maior número de cursos de idiomas e alunos estrangeiros.


Misturando o clássico com o moderno, Montpellier está melhorando e ficando mais colorida. O Odysseum é shopping mais futurista do país. Essa mistura entre o clássico e o sexy resultou no bonde mais inusitado do mundo: o bonde, que é algo antigo por definição, se tornou o meio de transporte mais moderno do país. Localizado na parte nova da cidade, Centre Commercial Odysseum que está no ponto final da linha 1 do bonde, oferece aos visitantes as compras da viagem.

O mais famoso ponto turístico de Montpellier, a Place de la Comédie é um bom ponto de partida conhecer a cidade. Outro ponto turístico da cidade é o Jardim do Peyrou desenhado em 1688 nos limites da cidade e que hoje se localiza no centro. Nele termina o aqueduto de St Clement conhecido como "les Arceaux", que abastecia as fontes da cidade e onde se pode apreciar a vista sobre "les Garrigues" e "Les Cevennes".



O centro história da cidade é conhecido por Écusson, ou cidade antiga. É um labirinto de ruelas logo atrás da Comédie, uma vila que é linda de fotografar e fácil de se perder. Subindo pela Comédie e atravessando todo o Écusson, chega a Rue Foch, que é a avenida principal de de Montpellier. Na esquerda tem um grande arco e na esquerda volta para a Écusson. 


No centro histórico da cidade pode-se visitar a Catedral de St Pierre onde se situa a antiga Universidade de Notre Dame des Tables, Les Ursulines e a "Place de la Comedie" onde se encontra a Ópera Comédie uma das mais antigas salas de espetáculos do país construída em 1755.
O Hotel de Ville é o prédio mais bonito da cidade, um enorme cubo de aço projetado por Jean Nouvel. É o mini distrito financeiro de Montpellier. Localizado as margens do Le Les, o rio que corta a cidade e tem vários restaurantes em sua orla.



Outro pouco turístico é o complexo "Antigone", moderno e com uma bela arquitetura.
A poucos quilômetros de distância das Praias de Palavas, Carnon e La Grande Motte onde pode-se encontrar bom peixe e dar um mergulho no Mediterrâneo.

Place de Zeus é um lugar charmoso, estudantil e com várias opções mais econômicas de hospedagem. Um excelente lugar para se hospedar em Montpellier.
 Como chegar e sair de Montpellier

Todo mundo chega de trem pela estação Saint-Roch, a 200 metros da Place de la Comedie. São apenas 3:20 hrs de Paris. Para quem vem de ônibus a viagem é um pouco mais longa, mas a estação rodoviária fica na parada Sabines da linha 2 do bonde. Eurolines e Linebus ligam Montpellier a quase 20 cidades europeias. Para quem chega de avião, existe um aeroporto bem próximo do centro da cidade, a cerca de 10 minutos de carro.

Os mosqueteiros do Rei da França “Um por todos e todos por um”

Os Mosqueteiros do Rei da França
Por: Teresinha Victorino


No século 17, havia uma corporação militar, considerada a elite do exército francês, que servia como escolta pessoal do rei. Essa tropa surgiu por volta de 1600, quando o soberano Henrique IV formou um grupo de guardas, cuidadosamente selecionados, que passou a ser responsável por sua segurança. Eram exímios espadachins. O desenvolvimento do mosquete, uma arma mais avançada, mudou o nome do grupo. "Quando Luís XIII (pai de Luis XIV) subiu ao trono da França (em 1610), ordenou que os carabineiros fossem armados com mosquetes. Então, esses soldados se tornaram conhecidos como mosqueteiros".
No começo, a tropa tinha só 100 homens, que recebiam treinamento em esgrima, tiro ao alvo e táticas de combate, além de aulas sobre a refinada etiqueta da corte francesa.

Símbolo do grupo era alusão a um rei francês:

1. MANTO
No início, os mosqueteiros usavam mantos azuis, com seu símbolo bordado na frente e atrás. Como o manto atrapalhava os movimentos em combate, ele foi posteriormente substituído por uma jaqueta justa de tecido grosso.

2. FAIXA
Feita de couro ou de pano, atravessava o peito do espadachim e servia para pendurar pequenas bolsas com projéteis - balas redondas de ferro, pesando 60 gramas.

3. SÍMBOLO

O emblema que passou a identificar os mosqueteiros era bordado com fios dourados e prateados. A cruz com flores-de-lis sobre um sol estilizado era uma alusão ao símbolo de Luís XIV, chamado de "Rei Sol".

4. MOSQUETE
A arma que dava nome ao grupo militar era carregada pela boca e tinha que ser apoiada numa forquilha para disparar. O mosquete media quase 2 metros de comprimento, pesava 9 quilos e atirava projéteis a 160 metros de distância. Sua precisão, porém, era mínima.

5. ACESSÓRIOS
Entre os acessórios usados pelo mosqueteiro estava um chifre de boi, que servia como recipiente para pólvora. Ele costumava ser pendurado num cinto de couro, onde podiam ficar presas também as bainhas de um punhal e da espada.

O Livro de Alexandre Dumas, pai.

Alexandre Dumas, os escritor francês do clássico "Os Três Mosqueteiros"

Clássico da capa e espada. A história se passa na França do século XVII, durante o reinado de Luis XIII. Os três mosqueteiros - Aramís, Porthos, Athos - fazem parte da guarda pessoal do rei e conhecem o novato conhecem D´Artagnan em um duelo. Eles se tornarão amigos inseparáveis e lutarão contra os soldados do cardeal Richelieu, inimigo do rei.
Os Três Mosqueteiros é o primeiro livro da série “capa-e-espada” e aventura que confere a Alexandre Dumas, escritor francês, fama internacional. Sua trama engenhosamente tecida, com muita ação, comicidade e erotismo, fiz desta obra um sucesso instantâneo e secular.
Esse romance conta as aventuras de quatro grandes heróis: Athos, Aramis, Porthos e D’artaghan – este último, aspirante a mosqueteiro – ambientado na França do século XVII, onde florescia o esplendor da corte, o sensacionalismo das intrigas políticas e o poderio econômico e cultural de uma época brilhante.
Através de um estilo de plena vitalidade, Dumas conseguiu suprir nesse romance as lacunas do conhecimento histórico que sua personalidade inquieta nunca lhe permitiu aprofundar. Para isso, inseriu alguns pormenores que faziam parte de seu cotidiano entre atrizes e conspirações, construindo assim uma “pintura fantasiosa” do cenário da França do século XVII.
De acordo com alguns historiadores, Dumas pretendia fazer de d’Artaghan um personagem secundário, cuja função seria introduzir os três mosqueteiros na história. Mas o personagem foi se desenvolvendo, tornando se uma figura atraente, a ponto de Alexandre Dumas resolver “promove-lo” aos poucos, até ele atingir o posto tão sonhado de mosqueteiro. Contudo, o título original da narrativa não se alterou.
De todos os mosqueteiros, Athos é o mais romântico. Guarda consigo o segredo de ter sido casado com Milady, a pérfida espiã a serviço do cardeal Richelieu; Aramis, este é astuto e generoso, que vê a vida como um jogo divertido, composto de amor, ação e preces. Ele se envolve apenas em assuntos que dizem respeito a sua espada, episódios sentimentais e à Igreja; Porthos é alto, gordo e bondoso, facilmente maleável e não muito inteligente.
É o personagem favorito de Dumas. Conta-se que, ao ser obrigado pelo enredo a matá-lo, o escritor chorou.
As aventuras dos três mosqueteiros se estendem a outros dois livros do mesmo autor: “Vinte anos depois” (1845) e “O Visconde de Bagelonne”(1848). Os três mosqueteiros foram várias vezes adaptados para o cinema. Sua mais recente versão data de 1993 e conta com a direção de Stephen Herek, no elenco Chris O’Donnel no papel de D’Artagnan, Kiefer Sutherland como Athos, Charlie Sheen como Aramis e Oliver Platt como Porthos.

Os filmes
Foram muitos os filmes baseados no clássico livro de Alexandre Dumas. Abaixo, o filme de 2011.






De produção francesa, inglesa, alemã e americana (2011). 
Direção: Paul W. S. Anderson. 
Elenco: Mila Jovovich, Logan Lerman, Orlando Bloom, Luke Evans, Christoph Waltz, James Corden, Juno Violet Temple, Mads Dittman Mikkelsen, David Matthew Macfadyen, George Raymond Stevenson.
Sinopse: O jovem D’Artagnan se une a três destemidos mosqueteiros nessa nova versão da clássica história de Alexandre Dumas. Entre lutas de espadas e perseguições alucinantes, eles precisam deter os avanços do vilão Richileu e proteger a bela Milady. Prepare-se para embarcar nas mais eletrizantes aventuras já realizadas em 3D.
Link para assistir online:

A série
A BBC de Londres lançou este ano (2014) uma série televisiva do clássico livro de Alexandre Dumas. 
The Musketeers, série da BBC de Londres.










A série de 2014, tem no elenco, Peter Capaldi, como o Cardeal Richelieu, além de Santiago Cabrera, Tom Burke e Howard Charles, respectivamente Aramis, Athos e Porthos, já Luke Pasqualino interpreta D’Artagnan.

The Musketeers que estreia no Reino Unido em janeiro de 2014 ainda não tem uma data para chegar ao Brasil.

Sinopse
Situada na Paris do século 17, a série vai acompanhar as missões do misterioso Athos (Tom Burke, de The Hour), o valente Aramis (Santiago Cabrera, de Merlin) e o humilde Porthos (Howard Charles), soldados treinados e aventureiros que trabalham como guardas pessoais do Rei Luís XIII (Ryan Gage, de O Hobbit: A Desolação de Smaug)
Posteriormente, o trabalhador rural D'Artagnan (Luke Pasqualiano, de Skins) se juntará ao famoso trio de mosqueteiros para vingar a morte do pai. contra as tramas do Cardeal Richelieu (Peter Capaldi, da série Doctor Who), um homem ambicioso, que tem como cúmplice a bela Milady de Winter (Maimie McCoy, da série Personal Affairs), uma das mais misteriosas e belas mulheres de Paris.


Rei Luis XIV de França, o Rei Sol

Rei Luis XIV de França, o Rei Sol
Por. Teresinha Victorino

Rei Luis XIV - Rei Sol

O Rei Luis XIV é um dos reis mais conhecido e mais carismático da História da França. Ele foi responsável pela construção do Castelo de Versalhes, um dos monumentos históricos mais visitados da França.
Nasceu em 1638, filho do Rei Luis XIII e de Ana d'Áustria e subiu ao trono antes de completar os cinco anos após a morte do pai (1643).
Devido à sua pouca idade, o cardeal Jules Mazarin assumiu o governo do reinado até à sua maioridade e durante esse tempo, enfrentou muitos problemas, como as revoltas do Parlamento de Paris e dos Nobres, mas garantiu a posse do futuro rei. Em 1661, Luis XIV tomou posse e assumiu a sua função de monarca hereditário. Ele governava sozinho e detinha todos os poderes do Estado (“O Estado sou eu”!).
Durante o seu reinado, a França viveu um período de monarquia absoluta. Segundo Luis XIV, os seus poderes eram provenientes do Direito Divino. E por isso, ele seria o representante direto de Deus na Terra.
Luis XIV acabou se auto-proclamando “o Rei Sol”. Ele pretendia se igualar ao astro-rei, aquele que brilha para todos e que dá vida à humanidade. O Sol se tornou, assim, o emblema de Luis XIV. Uma forma de demonstrar a seus súditos que seus poderes eram ilimitados e inesgotáveis.
Luis XIV levava tão a sério essa sua vontade de ser visto como um Rei Sol que todos os seus gestos cotidianos eram efetuados em público. Desta forma, a corte podia assistir todos os atos da vida do Rei ao longo do dia, desde que ele acordava até que ia dormir, passando mesmo pelas atividades íntimas. O sol é o símbolo da vida, mas também da ordem e do rigor. Ele servia também para lembrar aos súditos que toda contestação aos poderes do Rei acarretariam a morte do indivíduo contestatário.
No seu governo reorganizou o exército dando ao país o maior poderio militar da Europa. Suas ações militares no exterior iniciaram-se com a invasão dos Países Baixos espanhóis, que considerava pertencerem à esposa por direito de herança (1667). O êxito alcançado nessa guerra permitiu-lhe ditar as condições de paz à coalizão de Espanha e Áustria.
Seu reinado, um dos momentos culminantes da história da França, durou mais de 50 anos, destacou-se politicamente pelo absolutismo monárquico, onde o rei controlou até os detalhes mais insignificantes do governo, e pela posição hegemônica a que elevou seu país na Europa. Deu incentivos às atividades culturais, pois considerou o incentivo às artes assunto de estado, e protegeu os dois maiores autores clássicos da literatura francesa, Racine e Molière.
Construiu o imponente e luxuoso Palácio de Versalhes, perto de Paris, onde viveu a corte francesa. Príncipe caprichoso, apreciava a etiqueta, festas e belas mulheres. Fundou a Academia de Ciências de Paris, cujos membros eram pagos para produzir ciências, principalmente, para geração de inovações tecnológicas e científicas que tivessem aplicação na área militar. Faleceu em Versalhes como um símbolo da monarquia absolutista.



A História do Palácio de Versalhes

O Palácio de Versalhes

Vista frontal do Palácio de Versalhes

O Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de Versalhes, subúrbio de Paris. Desde 1682 até 1789, ano em que teve início a Revolução Francesa, foi o centro do poder do Antigo Regime na França. Sua localização deve-se ao fato da procura de um local afastado dos grandes centros, devido ao grande tumulto de gente e doenças nesses locais. 
Rei Luis XIV, o Rei Sol com a provável planta do palácio em sua mão.

Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664, veio mais tarde a tornar-se, em 1682, a residência oficial do monarca e também o símbolo da monarquia absolutista, sustentada pelo rei. Considerado o maior palácio da época e um dos maiores atualmente, o Palácio de Versalhes possui uma ampla extensão que ocupa mais de 100 hectares, possuindo 700 quartos, 352 chaminés, 1250 lareiras, 67 escadas, 2153 janelas e um parque de 700 hectares. Pela sua opulência e grandiosidade, tornou-se o mais luxuoso de toda a Europa, tendo sido, por inúmeras vezes, copiado. Foi projetado pelo arquiteto francês Louis Le Vau, sendo concluído por Jules Hardouin-Mansart, após sua morte. Em 1837, após a Revolução Francesa, o Palácio foi transformado em um museu de História, atualmente, sendo o ponto turístico mais visitado da França recebendo, em média, 8 milhões de turistas por ano.

O Luxo e o Palácio de Versalhes
Pintura de Versalhes em 1772

O Palácio de Versalhes era bastante conhecido pela sua ostentação e riqueza. Alguns historiadores lançaram relatórios que estimavam o custo para a manutenção do palácio. Segundo tais relatórios, esses valores chegavam  a consumir, exorbitantes, 25% do rendimento do governo francês. Porém muitos historiadores discordam desses relatórios, afirmando que esse número seria inflacionado, a fim de aumentar as extravagâncias da família real, levando assim, a uma das causas da Revolução Francesa. A hipótese mais provável é que os custos não ultrapassavam os 6%, tendo uma média geral de cerca de 3,5%. Já com relação ao valor das obras, o debate é ainda maior. Em 2001, os historiadores norte-americanos Miffllin e Littell, divulgaram um relatório que estimava o custo da obra em cerca de US$ 2 bilhões, número este, discordado por muitos, que mencionam a existência de supostos relatórios financeiros da época, que mencionam um gasto de mais de 60 milhões de livres de ouro, antiga  unidade monetária francesa, o que leva a valores entre 12 e 300 bilhões de dólares.


A Estrutura de Versalhes
Versalhes teve seu projeto criado inicialmente por Le Vau e continha os seguintes espaços principais:

O Salão de Apolo. Veja as pinturas do rei no teto, que dão a
ideia de soberania e poder. Perceba a decoração e os orna- mentos, todos feitos em ouro e o piso em mármore italiano. Arte e luxo a serviço do monarca.
quarto, que conserva a verdadeira característica da rainha, o
amor à vida monótona e fria, regados de muito dinheiro e luxo.


Grand Appartement du Roi (Grande Apartamento Real): consistia em um grande espaço que ocupava juntamente com o grand appartement de la reine todo o primeiro andar do palácio. Era um espaço particular do rei, porém Luís XIV achou as salas frias e preferiu ocupar as instalações ocupadas anteriormente por seu pai, ficando o grand appartement du roi sendo reservado para as funções da corte. A estrutura deste imenso "cômodo", baseava-se no formato do sistema heliocentral com o centro posto no Salon d'Apollon (Salão de Apolo). Este apartamento era formado pelos seguintes salões: Salon de Diane, de Saturne, Jupiter, Mars, Vénus e o de Mercure.  Cada um dos salões foram nomeados com o nome de divindades romana associadas a um dos planetas. Todo o espaço foi decorado com estátuas e ornamentos feitos em prata e ouro, tendo sido todo o trabalho efetuado por Charles Le Brun em estilos decorativos italianos.

O quarto da rainha Maria Antonieta. Confira o esplendor do

Rinha Maria Antonieta 1783

Grand Appartement de la Reineformado por uma fila de salas, foi utilizado como residência de três rainhas francesas: Maria Tereza de Espanha, esposa de Luís XIV; Maria Leszczyńska, esposa de Luís XV e Maria Antonieta, esposa de Luís XVI. Este imenso cômodo consiste em um conjunto de salas enfileiradas que segue abaixo:
Salle des Gardes de la Reine: foi o quarto em que aconteceu um combate entre os revoltosos da Revolução Francesa e os guardas da rainha que morreram tentando protegê-la.
Grand Cabinet: sala usada para audiências formais dadas pela rainha Maria Antonieta.
Antichambre: era o local usado pela família real, incluindo o rei e a rainha, para promover banquetes reais em público, também servindo como uma sala de teatro.
Chambre de la Reine: funcionava como o quarto de dormir da rainha Maria Antonieta, tendo sido invadido por revoltosos na noite de 6 para 7 de outubro de 1789, obrigando assim a rainha a fugir por um corredor secreto que ligava o seu quarto com os aposentos do Rei.






Galeria dos EspelhosÉ uma sala conhecida internacionalmente pela assinatura do Tratado de Versalhes em seu interior. Consiste em um grande espaço envolto de espelhos em sua estrutura tendo o teto em formato de um arco revestido de dezessete espelhos que refletem a vista das imensas janelas que o compõem. Tendo sido importado de Veneza na Itália, os espelhos eram tidos como os mais extravagantes elementos que se podia adquirir na época. Tendo sido decorado com pinturas que retratava o heroísmo e as vitórias militares de Luís XIV, foi nesta sala que aconteceu o evento mais dispendioso do século XVIII: o Baile dos Teixos, um baile à fantasia em que o rei Luís XV, fantasiado de teixo, encantou-se com Jeanne- Antoinette que estava vestida como a deusa Diana, e que mais tarde se tornaria sua amante e conhecida na história como Madame de Pompadour.

Regras de Etiqueta
Elaboradas por Luís XIV, estas regras tornaram-se o meio do progresso social da corte francesa que incluía os pontos que seguem abaixo:
 1. O rei não aceitava ser incomodado, nem ao menos ouvir uma batida na porta, sendo permitido apenas um pequeno arranhão com o dedo mindinho esquerdo em sua porta.
  2. Quando um cavalheiro ia se sentar, deveria deslizar seu pé esquerdo em frente ao outro, pousando as mãos na cadeira e suavemente poderia se sentar, pois se fizesse isso de maneira abrupta, poderia rasgar suas calças apertadas.
  3. Não era permitido que os homens e as mulheres cruzassem as pernas em público.
  4. Os vestidos das damas eram feitos de tal forma que não permitissem fazer ações que não fosse sentar e caminhar. Por esse motivo, elas passavam a maior parte do tempo bordando, pintando, escrevendo cartas e criando seus próprios cosméticos.
  5. Assim como as damas da corte, os homens não podiam fazer outras ações a não ser escrever cartas, ler discursos e praticar esportes como, tiro ao arco e caça. 
  6. Não era permitido que as damas segurassem a mão ou abraçassem um cavalheiro, podendo apenas tocar nas pontas dos dedos de um homem ou dar um leve tapinha no seu cotovelo.

Fechamento

Atualmente o palácio é um museu de história, sendo o ponto turístico mais visitado da França, ao contrário do que muitos pensam ser a Torre Eiffell ou o museu do Louvre. Com grandes acervos de excelentes pintores dos século XVII e XVIII, o palácio ainda conserva grandes características da época, sendo uma grande oportunidade de conhecer a história que se passa por trás da Revolução Francesa e da corte que ali vivia, regadas de luxo e esplendor. Este palácio revela uma triste realidade do homem: o mero desprezo pelo seu próximo, que ao construir um palácio como esse não está preocupado com os problemas das pessoas mais carentes que, na época, viviam esquecidas, entre a miséria, a fome e a opressão. Morriam de fome, porque eram obrigadas a dar quase tudo que tinham em forma de impostos para aumentar a riqueza dos nobres e o luxo dos monarcas que viviam suas vidas monótonas e despreocupadas. Tudo para alimentar ainda mais sua ganância. Como dizia o filósofo Arthur Schopenhauer, " A riqueza é como água salgada: quanto mais se bebe, mais sede se tem." Por isso, devemos ter em mente o mesmo pensamento de Gotthold Lessing que afirmou que "a riqueza é a menor das necessidades; [pois] a maior é a sabedoria".

Fonte: http://espacodahistoriasempre.blogspot.com.br/p/historia-do-palacio-de-versalhes.html

Conheça um pouco mais o Palácio de Versalhes, ande pelas galerias e obras de arte, numa visita virtual pelo site:
http://www.historiadigital.org/visitas-virtuais/visita-virtual-ao-palacio-de-versalhes/