Por: José Luiz de Castro Ferreira*
Dedicado aos pescadores de sonhos
Alzir Rabello e Pedro Casemiro
O que é ávida mais que uma chama que balança ao sopro do vento;
Há se eles soubessem que não se ateia fogo ao fogo;
Se eles sentissem o vento passar pela sua alma como pelas pás de um cata-vento.
Há! se eles conseguissem enxergar o prisma,
O mesmo prisma luminoso que irradia os insanos.
Me pergunto! quem a vida pertence?
A minha! Ao destino com certeza, o fogo lançado pelas órbitas dos dragões, não é capais de queimar a inveja, o ódio e o desespero da criança.
Há se eles escutassem as lamentações dos profetas, por quê?
Por que só os miseráveis os escutam.
O que é na verdade degustar a vida!
Seria se embriagar nas bodas de cannaã, claro! Com certeza vinho não faltaria.
Há se eles soubessem sentir o odor que vem das flores dos campos Elíseos. Por quê!
Procuro Pan e não encontro, vejo ás sereias mais não ouço seu cantar.
Vejo a água subir o rio, mas não consigo chorar, brigar não posso mais,
conversar não me permitem sorrir e proibido, sonhar hoje se tornou uma obrigação, andar e possível, e como navegar.
Vejo estrelas na mão, mas não consigo alcançá-las, embora ainda haja vida!
A morte se aproxima; talvez a vida seja algo que deu lugar a morte.
Há se eu soubesse e tivesse certeza que o futuro esperar;
Quantas coisas eu mudaria, quantas ruas eu passaria, quantas esquinas eu esperaria para ver, por quantas sombras eu iria passar, e o medo perder.
Olharia em baixo da ponte, enxergaria por entre muros,
Roubaria até um beijo teu!
Mais me faltou coragem.
Embora tenhas mil faces, não consigo ver teu rosto.
* Poeta, ambientalista, morador da Ilha do Governador e o grande defensor do Manguezal do Jequiá.
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