sexta-feira, 25 de setembro de 2015
João Lara Mesquita: “Vejo a gente detonar e maltratar a costa”
Por José Truda e Marcio Isensee
João Lara
O velejador e jornalista João Lara Mesquita conta o que viu ao produzir a “Mar sem fim”. Nesta entrevista, ele relembra como conheceu quase virgem a costa que se estende ao longo da distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, e como a abertura da estrada Rio-Santos, “a famigerada BR101, em seis meses, detonou a região”. Nos quarenta anos que se passaram, diz, “continuo vendo a gente detonar e ocupar mal a costa, maltratar a costa, acabar com a sua beleza cênica”.
Ele é a favor da ocupação e exploração turística da costa brasileira, mas seguindo limites que preservem a natureza e não destruam os seus ecossistemas. Também reconhece que o problema é mundial, extrapola o Brasil.
Para dar uma contribuição, quis investigar a situação da áreas protegidas marítimas brasileiras. Foi como surgiu a “Mar sem fim”, que após seu término ficará disponível ao público no seu site, inclusive para download.
Sua conclusão é que o estado dos áreas marítimas que visitou é péssimo, pior do que podia imaginar. “Para começar, é uma exceção a [administração de] unidade de conservação marinha que tem barco”, relata.
Clique no link abaixo para assistir ao vídeo completo da entrevista de João Lara Mesquita.
FONTE: http://www.oeco.org.br/reportagens/joao-lara-mesquita-vejo-a-gente-detonar-e-maltratar-a-costa/
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Em nova contagem, cientistas estimam 3 trilhões de árvores no mundo
Por Adam Vaughn*
O mundo tem 3 trilhões de árvores, mas, sem impacto humano, já teve 6 trilhões. Foto: Creative Commons
Os cientistas já calcularam quantos peixes há no mar (230 mil espécies), e quantas espécies existem no planeta (8,7 milhões). Agora, eles progrediram na contagem de todas as árvores do mundo.
Usando uma combinação de medições por satélite e terrestres, os pesquisadores estimaram pouco mais de 3 trilhões de árvores no planeta, mais de sete vezes o número calculado antes, em pesquisa feita sem revisão por pares (outros cientistas), e que se baseou apenas em imagens de satélite.
Mas o impacto humano sobre as florestas do mundo é “esmagador”, de acordo com a equipe internacional de 15 países. As atividades humanas levaram à perda de quase metade das árvores do mundo (45,8%), segundo o estudo.
Hoje, as pessoas são responsáveis pela perda de cerca de 15 bilhões de árvores por ano devido ao desmatamento e demanda de terras para a agricultura, um número que os autores disseram ser "consideravelmente maior" do que há apenas um século.
"A escala do impacto humano [que encontramos] foi astronômica. O número de árvores cortadas é quase 3 trilhões desde o início da civilização", diz Thomas Crowther, da Universidade de Yale, principal autor do estudo, publicado na revista Nature nesta quarta-feira.
"Eu não esperava que a atividade humana aparecesse como a restrição mais forte sobre a densidade de árvores em todos os biomas. Ela foi um dos reguladores dominantes do número de árvores em quase todo o mundo. Realmente, isso destaca quão grande é o impacto dos seres humanos sobre a Terra".
O estudo foi uma demanda de diferentes iniciativas para plantar árvores com intenção de obter uma visão mais clara do número-base de árvores, que permita compreender melhor o impacto de projetos tais como a campanha “Billion Tree”. Para Crowther, o fato de que havia muito mais árvores do que se pensava não diminui o mérito deste tipo de esforço.
"A mensagem é que um bilhão de árvores ainda é uma enorme contribuição", diz Crowther. "Me preocupava que prover esta informação pudesse parar iniciativas e fazer as pessoas entrarem numa de 'ok, plantar um milhão de árvores é inútil’, mas, na verdade, nós obtivemos a resposta oposta. Para ele, esses projetos deveriam passar a pensar em plantar um trilhão de árvores em vez de um bilhão.
As áreas mais densas em árvores foram encontradas nas florestas boreais do norte do Canadá, China e Rússia, embora os autores ressaltem que os dois últimos sejam lugares entre aqueles com a menor quantidade de dados obtidos no terreno. Florestas tropicais e subtropicais detêm a maior parte das árvores do mundo, com cerca de 1,39 trilhão no total, enquanto as regiões temperadas fortemente afetadas pelo homem, tais como a Europa e a Ásia têm apenas 0,61 trilhão.
A estimativa anterior de 400 bilhões de árvores no mundo, ou 61 por pessoa, foi baseada em imagens de satélite e publicada em um livro de 2009, em vez de uma revista científica. O novo estudo combina dados de satélite com mais de 400 mil medições terrestres, de fontes que incluem levantamentos florestais de governo.
Segundo o Dr. Simon Lewis, geógrafo da University College de Londres e da Universidade de Leeds, o novo trabalho é importante, mas não mostrou que havia mais árvores do que se pensava, porque a estimativa anterior não havia sido chancelada por uma revisão de outros cientistas.
"Para mim, esta é a primeira estimativa sólida do número de árvores. É uma peça importante e útil, mas devemos lembrar que o número de árvores não é necessariamente a melhor métrica para medir a saúde de um ecossistema ou a sua importância. Uma plantação grande de árvores iguais não é o mesmo que uma faixa de floresta amazônica".
Para Lewis, o estudo não muda a nossa compreensão do papel que as florestas têm em retardar as alterações climáticas provocadas pelo homem, porque a quantidade de carbono que as árvores do mundo podem armazenar já é bem conhecida. Mas afirma que tais visões globais “ajudam-nos a ver o mundo de uma maneira diferente", e a perda de 45,8% das árvores, desde o período pós-Pleistoceno é "muito impressionante".
A perda bruta de árvores foi estimada em cerca de 15.3 bilhões por ano, mas é provável que a perda líquida esteja mais perto de 10 bilhões por ano, já que crescem algo como 5 bilhões de árvores novas por ano, dizem os autores.
O estudo contou árvores que tinham pelo menos 10 cm de diâmetro, o único padrão utilizado universalmente, ou seja, há provavelmente outros bilhões de árvores menores que não entraram na conta.
*Esse artigo é publicado em parceria com a Guardian Environment Network, da qual ((o))eco faz parte. A versão original (em inglês) foi publicada no site do Guardian. Tradução de Eduardo Pegurier
Fonte: http://www.oeco.org.br/colunas/the-guardian-environment-network/em-nova-contagem-cientistas-estimam-3-trilhoes-de-arvores-no-mundo/
Metade das mortes de ambientalista no mundo ocorreu no Brasil
Graças às denúncias de Zé Cláudio, pelo menos 10 serrarias de castanheiras foram fechadas. Foto: Felipe Milanez
Era por volta de 7h30 da manhã do dia 24 de maio de 2011, o casal José Claudio Ribeiro, 54 anos, e Maria do Espírito Santo, de 53 anos, foram fuzilados numa emboscada na estrada que dava para o assentamento Praia Alta da Piranheira, em Nova Ipixuna, no Pará. José Cláudio costumava não pegar o mesmo caminho quando ia para cidade, pois sabia que estava marcado para morrer.
Na ocasião, Zé Cláudio teve a orelha cortada e a "prova" retirada pelos pistoleiros foi entregue ao mandante do serviço, que nunca foi julgado. Os pistoleiros foram presos e condenados em 2013. Já José Rodrigues Moreira, acusado de mandar matar o casal de extrativistas, foi absolvido por falta de provas.
O assassinato de José Carlos e Maria do Espírito Santo são dois de uma lista de 448 defensores do meio ambiente assassinadas entre 2002 e 2013 ocorridas apenas no Brasil, de acordo com o relatório da ONG Global Witness, publicado ontem (15). Foram 908 casos documentados pela organização em 35 países.
No mundo, 2012 foi o ano onde mais morreram ativistas ambientais, de acordo com a série histórica dos dados: 148 pessoas foram assassinadas por defender o meio ambiente naquele ano. No Brasil, entre eles, estavam os pescadores Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra, encontrados na Baia de Guanabara entre os dias 24 e 25 de junho, poucos dias depois do encerramento da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal espanhol El Pais, a organização admite que os dados são subestimados, já que só entraram no relatório dados baseados em documentação confiável e na verificação feito por parceiros locais da ONG. O resultado é um universo em que a América e a Ásia (veja infográfico) tiveram os piores resultados e países africanos como a Nigéria, República Democrática do Congo ou Zimbábue, onde há muito conflito por terra, não entraram na lista por ausência de documentação.
A principal conclusão do relatório diz respeito a um aspecto que a sociedade brasileira conhece bem: a impunidade. Dos casos acompanhados pela organização, apenas 10 foram julgados e condenados.
“Existem poucos sintomas mais determinantes e óbvios da crise ambiental mundial que um dramático aumento no assassinato de cidadãos que defendem os direitos sobre a terra ou o meio ambiente. No entanto, este problema que está se agravando tão rapidamente está acontecendo praticamente desapercebido e, na grande maioria dos casos, os responsáveis estão saindo livres”, afirma Oliver Courtney, porta-voz da Global Witness, à reportagem do El Pais.
Fonte: http://www.oeco.org.br/noticias/28225-metade-das-mortes-de-ambientalista-no-mundo-ocorreu-no-brasil/
“Mitos e Lendas” em exposição no Parque Estadual do Desengano
O Parque Estadual do Desengano (RJ) convida todos a visitarem da exposição “Mitos e Lendas”, do fotógrafo Gustavo Pedro.
Em “Mitos e Lendas” são contadas histórias sobre um Brasil continental e o folclore que percorre o imaginário popular. Através da beleza de imagens da natureza brasileira, de seus fenômenos culturais e crenças, a exposição fotográfica busca revelar uma identidade imaterial do povo brasileiro.
Inicialmente montada no Centro de Visitantes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 2013, a exposição segue itinerância para o centro de visitantes do Parque Estadual do Desengano – PED, situado em Santa Maria Madalena.
Sobre o Fotógrafo
Gustavo Pedro é carioca, ambientalista, advogado e Leiloeiro Público por profissão. Atual presidente da Associação de Fotógrafos de Natureza-AFNATURA e diretor do Grupo Ação Ecológica-GAE, com publicações nacionais e internacionais em apoio a atividades conexas de fomento ao turismo sustentável, costumes tradicionais, projetos ambientais, bem como preservação de ecossistemas e espécies.
Sobre o Parque
O Parque Estadual do Desengano é a mais antiga unidade de conservação estadual e um dos últimos remanescentes florestais contínuos de expressiva extensão do Norte Fluminense. Abrange os municípios de Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacazes e São Fidélis, e seu nome faz alusão ao ponto da unidade, a Pedra do Desengano. O Centro de Visitantes fica localizado na Avenida José Dantas dos Santos, 35 (Horto Florestal) – Santa Maria Madalena – RJ.
Imagens
Fonte: http://www.wikiparques.org/mitos-e-lendas-em-exposicao-no-parque-estadual-do-desengano/
Uma visão Germânica sobre o Islã
O autor deste texto é o Dr. Emanuel Tanya, um
psiquiatra conhecido e muito respeitado.
Um homem, cuja família era da aristocracia alemã
antes da II Guerra Mundial, era dono de um grande número de indústrias e
propriedades. Quando questionado sobre quantos alemães eram nazistas
verdadeiros, a resposta que ele deu pode orientar a nossa atitude em relação ao
fanatismo.
"Muito poucas pessoas eram nazistas
verdadeiros ", disse ele, "mas muitos apreciavam o retorno do orgulho
alemão, e muitos mais estavam ocupados demais para se importar. Eu era um
daqueles que só pensava que os nazistas eram um bando de tolos. Assim, a
maioria apenas sentou-se e deixou tudo acontecer. Então, antes que soubessemos,
pertenciamos a eles, nós tínhamos perdido o controle, e o fim do mundo havia
chegado. Minha família perdeu tudo. Eu terminei em um campo de concentração e
os aliados destruíram minhas fábricas".
Somos repetidamente informados por
"especialistas" e "cabeças falantes" que o Islã é a
religião de paz e que a grande maioria dos muçulmanos só quer viver em paz.
Embora esta afirmação não qualificada possa ser verdadeira, ela é totalmente
irrelevante. É sem sentido, tem a intenção de nos fazer sentir melhor, e
destina-se a diminuir de alguma forma, o espectro de fanáticos furiosos em todo
o mundo em nome do Islã.
O fato é que os fanáticos governam o Islã neste
momento da história. São os fanáticos que marcham. São os fanáticos que travam
qualquer uma das 50 guerras de tiro em todo o mundo. São os fanáticos que
sistematicamente abatem grupos cristãos ou tribais por toda a África e estão
tomando gradualmente todo o continente em uma onda islâmica. São os fanáticos
que bombardeiam, degolam, assassinam, ou matam em nome da honra. São os
fanáticos que assumem mesquita após mesquita. São os fanáticos que zelosamente
espalham o apedrejamento e enforcamento de vítimas de estupro e homossexuais.
São os fanáticos que ensinam seus filhos a matarem e a se tornarem
homens-bomba.
O fato duro e quantificável é que a maioria
pacífica, a "maioria silenciosa", é e está intimidada e alheia. A
Rússia comunista foi composta por russos que só queriam viver em paz, mas os
comunistas russos foram responsáveis pelo assassinato de cerca de 20 milhões de
pessoas. A maioria pacífica era irrelevante. A enorme população da China também
foi pacífica, mas comunistas chineses conseguiram matar estonteantes 70 milhões
de pessoas.
O indivíduo médio japonês antes da II Guerra
Mundial não era um belicista sadista... No entanto, o Japão assassinou e
chacinou em seu caminho por todo o Sudeste Asiático em uma orgia de morte, que
incluiu o assassinato sistemático de 12 milhões de civis chineses, mortos pela
espada, pá, e baioneta. E quem pode esquecer Ruanda, que desabou em
carnificina. Não poderia ser dito que a maioria dos ruandeses eram "amante
da paz"?
As lições da História são muitas vezes incrivelmente
simples e contundentes, ainda que para todos os nossos poderes da razão, muitas
vezes falte o mais básico e simples dos pontos: os muçulmanos pacíficos se
tornaram irrelevantes pelo seu silêncio. Muçulmanos amantes da paz se tornarão
nossos inimigos se não falarem, porque como o meu amigo da Alemanha, vão
despertar um dia e descobrir que são propriedade dos fanático, e que o final de
seu mundo terá começado.
Amantes da paz alemães, japoneses, chineses,
russos, ruandeses, sérvios, afegãos, iraquianos, palestinos, somalis,
nigerianos, argelinos, e muitos outros morreram porque a maioria pacífica não
falou até que fosse tarde demais.
Agora, orações islâmicas foram introduzidas em
Toronto e outras escolas públicas em Ontário, e, sim, em Ottawa também,enquanto
a oração do Senhor foi removida (devido a ser tão ofensiva?). A maneira
islâmica pode ser pacífica no momento em nosso país, até os fanáticos se
mudarem para cá.
Na Austrália, e de fato, em muitos países ao redor
do mundo, muitos dos alimentos mais comumente consumidos têm o emblema halal
sobre eles. Basta olhar para a parte de trás de algumas das barras de chocolate
mais populares, e em outros alimentos em seu supermercado local. Alimentos em
aeronaves tem o emblema halal, apenas para apaziguar uma minoria privilegiada,
que agora está se expandindo rapidamente dentro das margens da nação.
No Reino Unido, as comunidades muçulmanas se
recusam a integrar-se e agora há dezenas de zonas "no-go" dentro de
grandes cidades de todo o país em que a força policial não ousa se intrometer.
A Lei Sharia prevalece lá, porque a comunidade muçulmana naquelas áreas se
recusa a reconhecer a lei britânica.
Quanto a nós que assistimos a tudo se desdobrar,
devemos prestar atenção para o único grupo que conta - os fanáticos que ameaçam
o nosso modo de vida.
ESTAMOS EM SILÊNCIO.
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