domingo, 27 de dezembro de 2009

Biodiversidade Marinha de Búzios

Por: Teresinha Victorino

Moreia entre Corais de Fogo e Cerebro (Praia Tartaruga)

Biodiversidade Marinha

“As espessas florestas perto de mares, lagos ou pântano são conhecidas como as florestas que atraem peixes e os peixes que vivem próximos delas são conhecidos como peixes reprodutores florestais.”
(Makiguti, 1903)

Nos dias atuais a sociedade retira boa parte de seus benefícios de ecossistemas naturais, o que representa boa parte da economia. Porém, pouca era a importância dada até algum tempo atrás aos serviços fundamentais que os ecossistemas proporcionam a civilização humana, sem os quais, não teríamos as facilidades e o conforto da vida moderna.
Os oceanos e os mares são responsáveis por diversos serviços ambientais que permitem a manutenção da qualidade de vida na Terra, (Bughi, 2006). Nos mares encontramos as microalgas que abastecem o planeta de oxigênio com o excedente não usado na sua respiração, (Pedrini et al. 2008). Mas, com toda a sua importância, os mares não vêm sendo protegidos de forma eficaz.
O Parágrafo 2 do Artigo 3º do PRONABIO classifica a Biodiversidade Marinha no conjunto de biomas “Zona Costeira e Marinha”. A Diversidade Biológica Marinha é responsável por parte da riqueza natural existente no planeta, além de fornecer importantes serviços ao ecossistema como proteger a costa das erosões e absorver o dióxido de carbono da atmosfera. Porém, no decorrer dos séculos, ela vem sofrendo grandes impactos devido às atividades humanas.
A conservação da biodiversidade marinha no Brasil é considera inadequada a despeito da legislação existente e das áreas protegidas marinhas implantadas (Amaral e Jablonski, 2005). As Unidades de Conservação Marinhas brasileiras ainda que em número pequeno perto de sua extensão litorânea, são inadequadamente administradas. A visitação em áreas protegidas em ambientes costeiros e marinhos causa vários tipos de impactos ambientais negativos e a gestão da atividade pesqueira ainda é precária, com baixa participação das comunidades envolvidas.
Apenas 20% de todas as áreas protegidas no mundo são de ambientes marinhos. No Brasil são 255 unidades de conservação localizadas em zonas costeiras e marinhas, representando cerca de 17 milhões de hectares, sem contar as 34 reservas indígenas que chegam perto de 600 mil hectares, totalizando 8% de todo o seu território (Pedrini, Costa, Silva, Maneschy, Newton, Berchez, Ghilardi e Spelta, 2008).
As características tropicais e subtropicais são dominantes ao longo de toda a costa brasileira. O Litoral do Brasil estende-se por cerca de 7.400 km por isso, grande parte da sua população está concentrada na faixa denominada como Zona Costeira. Em conseqüência, as atividades antrópicas geram pressões cada vez maiores sobre os ecossistemas costeiros, levando à desestabilização dos seus componentes biológicos, geomorfológicos e paisagísticos.
A Plataforma continental de Cabo Frio no Rio de Janeiro até Laguna em Santa Catarina é de alta importância biológica, (Creed et al., 2007) e é prioritária para a conservação da biodiversidade dos elasmobrânquios (o grupo mais diversificado dos peixes cartilaginosos, reunindo de 929 a 1164 espécies recentes de tubarões e raias), devida à sua alta diversidade e presença de espécies migratórias.
Do sudeste ao Sul do Brasil, a presença da Água Central do Atlântico Sul sobre a plataforma continental e sua ressurgência eventual ao longo da costa contribuem para o aumento da produtividade e da riqueza marinha. A região de Cabo Frio marca a transição entre os ambientes tropicais, ao norte, e subtropicais e temperados, ao sul (Amaral & Jablonski, 2005).
A região de Cabo Frio situada no domínio da Mata Atlântica, está localizada na porção central do litoral do estado do Rio de Janeiro, numa área com cerca de 1.500 km2, onde se destacam três unidades fisiográficas: planícies arenosas costeiras e terras baixas; colinas baixas das penínsulas de Cabo Frio - Armação dos Búzios e ilhas costeiras; e colinas interioranas, com até cerca de 500 m de altitude, (Kurt, Sá, e Silva, 2008). A região contém 193 km de zona costeira e é considerada uma das mais importantes áreas turísticas brasileiras. Essa região abrange aproximadamente 24% dos 850 km da costa do estado do Rio de Janeiro, (Brasileiro, Valentin, Bahia e Reis e Júnior, 2009).
Localizado na Região de Cabo Frio, o município de Armação de Búzios conta o maior número de táxons (212), comparados aos encontrados e registrados para o litoral brasileiro (339). Os números indicam a grande riqueza e a presença de diversas espécies com distribuição descontínua e restrita, tornando essa região uma das mais importantes áreas da diversidade de algas do Brasil (Brasileiro, Valentin, Bahia e Reis e Júnior, 2009).
Essa região, por estar sob a influência do Fenômeno Oceanográfico da Ressurgência, que geralmente ocorre entre a primavera e o verão, é apontada como área de elevada importância biogeográfica para diversos grupos de organismos marinhos, incluindo as algas bentônicas, representando o limite de distribuição geográfica de diversos táxons, além de poderem ser encontrados táxons tipicamente tropicais e outros típicos de regiões temperadas com afinidade por águas mais frias, (Brasileiro, Valentin, Bahia e Reis e Júnior, 2009).
A ocorrência da Ressurgência é atribuída a dois fatores principais: o predomínio de ventos de direção nordeste e a quebra abrupta do sentido de orientação da plataforma continental (de norte-sul para leste-oeste), que favorece a ascensão de águas mais profundas.
Nesta região há uma diversidade climática que varia do regime tropical ao semi-árido No verão predomina a massa de ar continental equatorial, no resto do ano, a predominância é a massa de ar tropical atlântica, as frentes polares atlânticas atingem a região durante a primavera. E, em decorrência da ação combinada das mudanças das massas de ar que pairam sobre essa região, do relevo diversificado e da ressurgência que ocorre nas costas, a distribuição de chuvas exibe uma variação espacial e temporal ao longo do ano (Tarquínio, 2006).
O município de Armação de Búzios apresenta grande potencial ecoturístico devido a sua biodiversidade marinha e terrestre que compõem uma paisagem exuberante com várias espécies de fauna e flora, inclusive endêmicas.
O Brasil com cerca de 8.500km de extensão de costa entre as zonas das marés, que é dominada pelas algas (Giulietti et al. 2005), há muito a que se conhecer sobre a biodiversidade marinha. Um dos fatores do pouco conhecimento é o tamanho de seu litoral, existem ainda muitas espécies marinhas que ainda não foram registradas (Geraque, 2006).
Estudar a biodiversidade de uma determinada área seja terrestre ou marinha é uma tarefa muito difícil, assim como identificar os impactos causados pelas atividades do ser humano. O estudo da biodiversidade marinha é importante quando se considera o aspecto econômico. A sobrepesca vem causando a extinção de espécies de peixes além de ser um risco para espécies que são capturadas acidentalmente, como as tartarugas marinhas. Além da pesca, o turismo sem controle tem se mostrado especialmente danoso nas regiões de recifes de corais e fundos calcários e a ocupação desordenada contribuem para a perda da biodiversidade marinha, causando alteração de habitat e poluição (Buchi, 2007).
No que se refere à fauna recifal, um número maior e crescente de trabalhos tem surgido nos últimos anos trazendo informações de um panorama cada vez mais completo da ictiofauna recifal brasileira (Ferreira e Cava, 2001).
Já a caracterização da biodiversidade bentônica no litoral brasileiro resume-se a poucos trabalhos, estudando uma área de aproximadamente 3400km². O que se torna um grave problema grave, já que este ambiente vem sofrendo alterações substanciais decorrente do impacto antrópico e das mudanças globais, como a temperatura média da água dos oceanos, da salinidade, do PH e do nível do mar, (Guilardi, 2007).
Um dos mais difíceis habitats que os organismos podem encontrar são as faixas litorâneas. Uma área de transição onde seus habitantes enfrentam condições terrestres e aquáticas a cada 24 horas, além de vários problemas como: temperatura, hidrodinâmismo, dessecação, falta de oxigênio, competição e predação.
A colonização na faixa entre marés é complexa e os organismos precisam de adaptação para sobreviver. No substrato rochoso, as cracas e alguns moluscos são os habitantes mais adaptados por apresentarem um exoesqueleto eficaz para enfrentar os problemas ambientais apresentado entre marés bem como a intromissão de diferentes níveis.
A flora e fauna das áreas com substrato rochoso são mais ricas do que as de praia com areia. A fauna, na faixa de marés, quando consegue fixar-se firmemente a um substrato estável, tolera a subida e a descida da água e o bater das ondas. Existe um zoneamento distinto de algas e de vários tipos de animais, entre a marca da maré baixa e a zona de respingo supralitoral, (Matthews-Cascon e Lotufo, 2006).
Os bentos são aqueles organismos que vivem associados ao fundo, podendo estar fixos aos substratos duros como: os corais, as algas, as esponjas, os moluscos etc; enterrados nos sedimentos como: os moluscos e os anelídeos, por exemplo; locomovendo-se sobre o fundo dos oceanos como: os moluscos e os crustáceos entre outros; ou mesmo em associações entre uns e outros (animais sobre algas, animais sobre animais). Por isso o tipo de substrato afeta a distribuição dos organismos que compõem a comunidade bentônica, (Matthews-Cascon e Lotufo, 2006).
Os organismos bentônicos por serem sedentários, estão sujeitos às alterações do ambiente, sejam naturais, como a decomposição e remoção de sedimentos pelas correntes ou mudanças na salinidade em época de chuvas; ou antropogênicas, como a sobrepesca, o assoreamento dos rios ou a poluição. Por isso, são utilizados como indicadores das condições dos ambientes aquáticos costeiros.
A fauna bentônica da região entremarés e na zona com pouca profundidade, são os organismos mais conhecidos e coletados. Essa consideração é válida tanto para os substratos rochosos ou consolidados como para os não-consolidados, como areia ou lama (Geraque, 2006).
Em entrevista à Agência FAPESP (Geraque, 2006), o professor Antônio Carlos Marques, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo disse que “as formações coralinas e os demais ambientes litorâneos vêm sendo explorados pelo ecoturismo, mas ainda de forma pouco organizada e pontual”. Para o pesquisador é importante que a expansão dessa atividade seja feita de forma planejada e monitorada, para que os recursos explorados não sejam ameaçados ou se esgotem, acarretando prejuízos social, econômico e científico indesejáveis.

Referências Bibliográficas

TARQUINIO, Oscar . Democracia Participativa na Gestão de Recursos Hídricos - Caso da Região dos Lagos – Rio de Janeiro . Cabo Frio . Universidade Veiga de Almeida . Campus Cabo Frio . MBA em Planejamento e Gestão Ambiental . 2006

MATTHEWS-CASCON, Helena; LOTUFO, Tito Monteiro da Cruz . Biota Marinha da Costa Oeste do Ceará . Brasília: MMA, 2006

Programa Zona Costeira . Fonte:
http://www.jbrj.gov.br/pesquisa/z_costei/index.htm

CREED, Joel, C.; OLIVEIRA, A. E.S; RA, PIRES, Débora O; FIGUEIREDO, Márcia A de O; FERREIRA, Carlos E.L.; VENTURA,Carlos R.R.; BRASIL,Ana C.S.; YOUNG,Paulo S.; ABSALÃO, Ricardo S; PAIVA, Paulo, C.; CASTRO, Clóvis B; SEREJO, Cristina. S. RAP Ilha Grande – Um Levantamento da Biodiversidade: Histórico e Conhecimento da Biota. In Biodiversidades Marinha de Ilha Grande / Joel C. Creed; Débora O. Pires e Márcia A. de O. Figueiredo, Organizadores. – Brasília: MMA / SBF, 2007

SBEEL - Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios
http://www.sbeel.hpg.ig.com.br/co_princ.htm

GERAQUE, Eduardo . Biodiversidade marinha ainda é muito desconhecida pela humanidade - Acessado em 27.12.2009
http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=17793&action=news

BUGHI, Carlos Henrique . Observatório Virtual sobre a Biodiversidade Marinha no Brasil baseado em Webgis . Universidade do vale do Itajaí . 2007

AMARAL, Antonio Cecília; JABLONSKI, Sílvio . Conservação da Biodiversidade Marinha e Costeira no Brasil. Megadiversidade . Volume 1 : Nº 1, 2005

GHILARDI, Natalia Pirani . Utilização do método dos povoamentos na caracterização de comunidades bentônicas em trecho do infalitoral consolidado da Enseada das Palmas, Ilha Anchieta, Ubatuba, SP . Tese do Instituto Biociências da Universidade de São Paulo . Departamento de Botânica . 2007

BRASILEIRO, Poliana S; Valentin, Yocie Yoneshigue-; BAHIA, Ricardo da G.; REIS, Renata P; Filho, Gilberto Menezes Amado . Algas marinhas bentônicas da região de Cabo Frio e arredores: Síntese do conhecimento . 2009

PEDRINI, Alexandre de Gusmão; COSTA, Christiana; SILVA,, Vitor Guimarães; MANESCHY, Felipe Sarquis; NEWTON, Tainá; Berchez, Flávio; GHILARDI, Natalia Pirani; Spelta Letícia . Gestão de Áreas Protegidas e Efeitos da Visitação Ecoturística pelo Mergulho com Snorkel: O caso do Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), Estado de São Paulo, Brasil . Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental . ISSN 1517-1256, v. 20, janeiro a junho de 2008

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PEDRINI Alexandre de Gusmão; MANESCHY, Felipe Sarquis Aiex; COSTA, Christiana; ALMEIDA, Elaine Reis; COSTA, Erika Andrade . Gestão Ambiental em Áreas Protegidas X Estatísticas de Mergulho na Resex Marinha de Arraial do Cabo, RJ . OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro/SP, Brasil Ano VII Vol. 7 No. 2 Pag. 275 Dezembro/2007 ISSN 1519-8693 www.olam.com.br . 2007

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D´ALINCOURT, Nicole BBALLONA . A interpretação ambiental como instrumento de valorização do potencial ecoturístico da praia da Gorda em Armação dos Búzios. Cabo Frio . RJ . 2006

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VICTORINO, Teresinha Malvares da Mata . Teorias de Tsunessaburo Makiguti em Geografia da Vida Humana - Jinsei Chirigaku (1903): Muito além de seu tempo . Rio de Janeiro . 2009

BRASIL . Decreto Nº 4.703, De 21 de Maio de 2003
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sábado, 26 de dezembro de 2009

A fábula do Porco-espinho








Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:

Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

E assim sobreviveram.


Moral da História

O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

Estudos comprovam que leite ajuda a provocar osteoporose e outras doenças graves


O ser Humano é o único animal no planeta que continua a ingerir leite depois de se tornar um adulto. No entanto, o organismo adulto humano já não está preparado para ingerir leite, muito menos o leite de outras espécies que não está adaptado para o corpo humano, mas sim para o organismo da sua espécie.

Ao contrário do que a indústria dos lacticínios dá a indicar em seus anúncios mediáticos (televisão, jornais, revistas, rádio, etc) e, através de alguns médicos e nutricionistas enganados (por desinformação) ou "comprados" (por corrupção) pela propaganda dessa mesma indústria, o leite de origem animal não só não é um bom "alimento" para humanos, como não ajuda a evitar a osteoporose e, pelo contrário, ajuda a provocar a mesma, para além de outras doenças graves como alguns tipos de cancros.

Para saber porque o leite provoca problemas de saúde, leia os artigos científicos abaixo indicados e conheça a verdadeira realidade deste "alimento" e os profundos interesses econômicos por detrás do mesmo.

Ética - A extrema crueldade feita para com os animais para a produção de leite

Saiba mais vendo estes vídeos:

http://video. google.com/ videoplay? docid=1957778709 00147944
http://video. google.com/ videoplay? docid=-239204330 856039070

Não beba leite, pela sua saúde!

Tem-se verificado que existe uma relação estreita entre o consumo de produtos lácteos (leite, manteiga, queijo, etc.) e vários tipos de cancro, diabetes, osteoporose, doença coronária e outros problemas relacionados com intolerâncias e alergias graves. Tanto o cancro da mama como o da próstata estão relacionados com o consumo deste produto. Esta íntima relação explica-se através de um aumento da quantidade, no organismo humano, de uma substância designada de fator de crescimento semelhante à insulina-I (IGF-I), encontrada no leite de vaca. Esta substância pode também ser encontrada, em elevadas quantidades, na corrente sanguínea de indivíduos consumidores regulares deste tipo de leite. Estudos recentes comprovam que homens com elevadas concentrações sanguíneas de IGF-I apresentam quatro vezes mais probabilidades de virem a sofrer de cancro da próstata do que outros indivíduos com concentrações sanguíneas de IGF-I mais baixas. Também o cancro do ovário está relacionado com o consumo de produtos lácteos: o açúcar do leite, quando desdobrado no organismo humano, dá origem a outro açúcar mais simples, designado por galactose que, por sua vez, é também desdobrado por várias enzimas. Quando o consumo destes produtos excede a capacidade destas enzimas para desdobrarem a galactose, esta pode circular na corrente sanguínea, o que poderá, a longo prazo, afetar os ovários. Mulheres consumidoras de leite de origem animal apresentam três vezes mais probabilidades de virem a sofrer de cancro nos ovários.

A diabetes insulino-dependente está também relacionada com o consumo de leite e produtos lácteos. Pesquisadores encontraram uma proteína característica dos produtos lácteos que provoca uma reação auto-imune, que, por sua vez, afeta as células do pâncreas, afetando, por isso, também, a capacidade do organismo de produzir insulina.

O leite e seus equivalentes e derivados são frequentemente recomendados para prevenir a osteoporose. Contudo, pesquisas e estudos demonstram que o risco de fratura óssea é igual em consumidores de leite de origem animal e em não consumidores deste produto. Assim, ficou provado por vários estudos que, na prevenção da osteoporose, é fundamental reduzir os fatores descalcificantes, tais como o consumo de sal e de proteína animal - em vez de manter ou aumentar o consumo de cálcio através de lacticínios (que contêm proteína animal).

A doença cardiovascular é uma das doenças que está mais relacionada com o consumo de produtos lácteos, pois têm elevadas quantidades de gordura saturada e colesterol, aumentando imensamente as probabilidades de quem consome estes produtos vir a sofrer de doença coronária.

Os sintomas da intolerância à lactose são diarréia, flatulência e distúrbios gastrointestinais, e surgem devido à ausência, no organismo humano, de enzimas capazes de atuar na digestão do açúcar do leite. Esta ausência é um processo natural que ocorre no organismo, pois os humanos são mamíferos e os mamíferos não necessitam de consumir leite durante a vida adulta (menos ainda de outras espécies). Humanos que insistem em consumir leite após o seu desmame forçam o organismo a continuar a produzir estas enzimas, daí ser tão comum encontrar pessoas intolerantes à lactose.

O consumo de laticínios não está só relacionado com doenças e alergias - os agentes contaminantes encontrados em várias amostras de leite são um grave problema para a saúde humana. A indução artificial da produção de leite conduz a inflamações graves nas glândulas mamárias dos animais, que requerem tratamento à base de antibióticos. Vestígios destes antibióticos, bem como de pesticidas e outros medicamentos, são encontrados em leites e outros produtos derivados.

Uma dieta alimentar diária livre de produtos lácteos contribui para a redução da perda de cálcio, diminuindo o risco de osteoporose. A alimentação vegetariana oferece todo o cálcio necessário, a partir de alimentos ricos em antioxidantes, fibra, ácido fólico, hidratos de carbono complexos, ferro e outras vitaminas e minerais importantes, que não são encontrados em lacticínios.

Fontes: http://www.sejavege tariano.org/ index.php? option=com_ content&task=view&id=31